segunda-feira, 13 de maio de 2024

Angola | A Corrida aos Activos e Balões Fardex -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O deputado da UNITA Justino Pinto de Andrade contou uma estória enternecedora dos tempos em que era do MPLA na clandestinidade. Adoro curvas e contra curvas, voltas e revoltas em vez de ir directo aso assunto. Divagar é a forma mais divertida de atingir o âmago da arte literária. Quem leu a narrativa original, leu, Quem não leu, faço um resumo. A célula clandestina do actual deputado do Galo Negro (as voltas que a vida dá!) resolveu fornecer fardas aos guerrilheiros da I Região Política e Militar do MPLA. Aí resolveram criar uma fábrica de confecções, nos subterrâneos de uma serração.

Um militante abnegado foi a Malanje comprar kamanga para financiar o projecto. Voltou e disse: Missão cumprida. Já existia kumbu para montar a serração e a fábrica de confecções. Lá em cima as máquinas transformavam em tábuas, troncos de moreira, muguba e takula. No subterrâneo as senhoras davam ao pedal nas máquinas de costura confeccionando fardas. Naquele tempo a maquinaria era Singer, Oliva, Necchi e Pfaff. As fardas nunca chegaram ao destino mas o que conta é a intenção.

Se o deputado da UNITA Justino Pinto de Andrade e seus camaradas fossem directos ao assunto, pegavam no kumbu da kamanga e iam ao armazém das Gajajeiras comprar balões de roupa usada, conhecidos por “fardos” e no mundo da moda, fardex. Eu tive um casaco branco, de linho, fardex. Vestia-o com uma camisa com colarinhos largos, à italiana. E umas calças de terylene. Tudo fardex. Quando entrava, à pato, numa farra a malta gritava: Marino Marini! E eu arrancava:  Nel blu dipinto di blu. As voltas que eles deram! Toneladas de roupa fina ali na Estrada da Cuca e eles foram comprar kamanga a Cafunfo. Para fazer fardas! A serração era boa ideia. Podiam abrir uma linha para serrar cornos. 

Eu também gosto de tergiversar. Quando recebíamos o salário, sentávamo-nos na esplanada Portugália, debaixo da grande mulemba e bebíamos baldes de cerveja. Os clientes podiam servir-se das instalações sanitária na Versailles ou no restaurante. Mas como aquilo era para brancos finos, ia até ao largo dos Correios, apanhava o machimbombo da linha 10 e descia na igreja de Nossa Senhora do Cabo. Perguntava à primeira quitandeira: Manãzinha faz favor, onde se mija aqui? Na parede, mano! Mas não queria expor-me.

Angola | A Cidade Apodrecida – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A Cidade do Kilamba é um emblema dos anos de paz. E um modelo para as futuras autarquias. O Executivo elaborou o Plano de Gestão, Integração e Desenvolvimento Urbano da Cidade do Kilamba do qual resultou o Decreto Presidencial número 62/11 de 18 de Abril, que estabelece as bases e o regime de organização administrativa. A administração tinha fontes de receitas, garantidas pelos próprios moradores para não haver qualquer dependência do Orçamento Geral do Estado. Tudo pensado, tudo estudado, tudo executado. 

A primeira administração da Cidade do Kilamba arrancou com um orçamento próprio e criou os seus próprios planos de investimentos e de actividades. Zelava eficaz e profissionalmente pelos interesses dos moradores. Garantia-lhes bem-estar e conforto. As receitas vinham de taxas sobre as infra-estruturas, e serviços colectivos. Muito importante: As taxas que os moradores pagavam serviam para a manutenção das próprias infra-estruturas. Sabem porquê? Se não há manutenção os equipamentos avariam e a sua reparação fica mais cara. 

Os moradores da Cidade do Kilamba pagavam pela recolha do lixo, pela limpeza dos arruamentos e outros espaços públicos e pela iluminação pública. A administração cobrava taxas pela ocupação dos espaços públicos. Pela concessão de licenças comerciais. Pela publicidade. No acto da aquisição do imóvel, os moradores recebiam um regulamento da cidade, com as regras do condomínio e as taxas. 

As infra-estruturas da Cidade do Kilamba estão dimensionadas para a população. Estação de tratamento de água potável. Estação de captação, no rio Cuanza, com capacidade para produzir 40 mil metros cúbicos de água por dia. Pode ser ampliada à medida das necessidades. A estação das águas residuais tem uma capacidade de 35 mil metros cúbicos por dia. Também pode ser ampliada. 

A rede de drenagem das águas pluviais é excelente. Tem galerias subterrâneas com secções de nove metros quadrados. São autênticos rios subterrâneos. A cidade é alimentada de energia eléctrica pela estação do Campus Universitário. No casco urbano existem mais duas subestações. Não há problemas de água, luz ou saneamento.

Portugal ... E O FC PORTO TÃO PERTO DA DESGRAÇA QUE É UM DÓ DE ALMA

Bom dia. Segue-se o Curto do Expresso que aborda no inicio da lauda o FCP (Futebol Clube do Porto) e suas agruras. É muito triste sabermos que o clube nos 42 anos de presidência de Pinto da Costa acoitou mafiosos e criminalidade. Desde quando e até quando é que ainda não sabemos. O que sabemos é que apesar de todas essas vergonhas que publicamente vamos conhecendo dificilmente acreditamos que o presidente Pinto da Costa não sabia de nada acerca da criminalidade que abrigava, ele e outros da direção. O FCP, nem outro qualquer clube, merecia nem merece tal situação vergonhosa. 

Os crimes cometidos, segundo o que vem ao conhecimento público, eram "lavados" por Pinto da Costa com a sua arrogância, a vitimização e a sua característica ironia. Uma tristeza, uma enorme vergonha por agora e para o futuro histórico que sempre constará a manchar a glória do tão vitorioso clube. Pinto da Costa não se salvará de ficar 'salpicado' da nojeira imensa e dos prejuízos infligidos ao próprio majestoso clube.

A justiça que resolva o imbróglio naquele super dimensionada polvo mafioso que queremos que seja já passado. Um triste e vergonhoso passado, apropriado à tão referida porta pequena por que os associados do clube fizeram sair Pinto da Costa e seus 'muchachos' diretivos...

Novo presidente foi eleito, Vilas-Boas, com mais de 80 por cento da votação. Ele que espere pelo reacionarismo dos mafiosos e que tenha a força e sabedoria para proporcionar ao FCP a 'limpeza' e a dignidade que merece.

Acabemos o Curto para dar a palavra aos que nos lêem. Longa vida de sucessos futuros ao clube, sem máfias nos seus quadros. Não é desejar pouco mas sim o que será normal e então merecido. Certo é que o Porto esteve ou está muito perto da desgraça. Nem associados, nem adeptos, nem jogadores - de futebol e outras modalidades desportivas - o merecem. Força e discernimento dos novos dirigentes é o que devemos desejar e fazer cumprir. Avante!

Bom dia. Boa semana... Só não sabemos é como. É que a máfia da política e seus próximos anda por aí. É o que tantos sentem e dizem. A senhora dona Inconsolável, de profissão vidente, assim afirma. Diz mesmo que na política tudo lhe cheira mesmo muito mal. A podridão, o oportunismo, as falácias e falsas promessas deviam ser punidas. Ela lá sabe. Vantagem de bruxa. Pois.

O Curto já a seguir. Vá lá.

Mário Motta | Redação PG

Portugal | SEGURANÇA SOCIAL: ALERTAS

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

No passado dia 8, foi assinalado o Dia Nacional da Segurança Social, estabelecido pela Resolução do Conselho de Ministros 17/1984. Nessa Resolução, é afirmado no ponto 1: “A segurança social configura-se como o setor da vida nacional mais direta e intimamente ligado à generalidade da população”. E, no ponto 2, está escrito que, “sendo um investimento para o bem-estar social de todos, importa que todos conheçam o que é segurança social, o que faz, como atua, com que meios”. São estas questões que todos devemos conhecer.

A salvaguarda de condições de dignidade em tempo de reforma deve ser primordial nas nossas vidas. Em notícias recentes, soube-se que o CEO de um grupo empresarial se autorremunera com um salário correspondente ao de 288 trabalhadores com o salário médio praticado no grupo. Escreveu-se que este gestor coloca nos seus sistemas de reforma um milhão de euros por ano. Isto é que é ter consciência da importância de uma pensão de reforma! Será que os hiperliberais trazem um plano daqueles para cada português?

O comum dos trabalhadores (e imensos gestores e empresários) está a léguas de poder seguir este caminho. Temos de cuidar da sustentabilidade do Sistema de Segurança Público Universal e Solidário que temos (com boas provas, como reconhecem pessoas de vários quadrantes, nomeadamente Silva Peneda) e de lutar pela melhoria das formas de cálculo e por atualizações justas. O futuro da Segurança Social garante-se com melhores salários e mais e melhor emprego; com reformas atempadas que preservem a sua característica de solidariedade entre gerações; pela resolução progressiva do problema demográfico. Tomemos cautelas. Não se desbaratem as boas condições da Segurança Social em nome de hipotética insustentabilidade, ciclicamente anunciada para gerar desconfiança no Sistema e abrir portas ao negócio dos setores financeiro e segurador.

Zelensky visita Portugal nos próximos dias. Abram os cordões às bolsas, à pobreza e à fome*

Presidente ucraniano vem a Portugal no âmbito de uma visita que também passa por Espanha.

Volodymir Zelensky vai visitar Portugal nos próximos dias, avança a SIC Notícias.

O presidente ucraniano vem a Portugal no âmbito de uma visita que também passa por Espanha.

Deverão ser assinados acordos de segurança durante a visita de Zelensky aos países ibéricos, o que vai garantir apoio militar à Ucrânia a médio prazo.

Por razões de segurança, as datas das visitas não foram reveladas.

Volodymyr Zelensky chegou a ter programada uma deslocação a Portugal para 29 de setembro de 2023, para participar no reunião do Grupo de Arraiolos, mas foi adiada.

Há muito que o presidente ucraniano está convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para vir a Portugal.

David Pereira | Diário de Notícias - em atualização

Negociações, acordo possível entre o Irão e a AIEA antes da reunião do BoG

Tehran Times | # Traduzido em português do Brasil

TEERÃ - O Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica estão trabalhando para chegar a um acordo sobre um projeto antes da apresentação do relatório periódico do Diretor Geral da AIEA ao Conselho de Governadores em 7 de junho deste ano.

Por esta razão, é possível que nos próximos dias Teerã conte com a presença de alguns funcionários da AIEA para futuras negociações sobre o referido projecto.

Na semana passada, Rafael Grossi, Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, viajou a Teerã e Isfahan para participar e falar em uma conferência de ciência e tecnologia nuclear no Irã, bem como para se reunir com algumas autoridades do país.

Durante esta viagem e negociações, foi acordado que o acordo conjunto de Março, alcançado durante uma das viagens de Grossi ao Irão, seria a base para a interacção e cooperação bilateral, e as negociações entre os deputados da Organização de Energia Atómica do Irão e da Organização Atómica Internacional Agência de Energia começou a preparar o projecto.

O Irão e a Agência estão a trabalhar para concluir as negociações sobre o projecto antes que o relatório periódico do Director-Geral da AIEA seja apresentado ao Conselho de Governadores em 7 de Junho deste ano. 

O Irão está perto de possuir uma bomba nuclear


domingo, 12 de maio de 2024

A Imaginação ao Poder -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Imaginem que amanhã um racista bóer é eleito presidente da África do Sul. Grandes patriotas como Ramaphosa ou Zuma dão a vida para derrubá-lo. Imaginem que em 2027 vai para o poder um partido que combateu ao lado dos colonialistas entre 1967 e 1974, contra a Independência Nacional. Estou certo que 99 por cento dos angolanos dão a vida para recambiar os sicários da UNITA para Muangai ou Lisboa. Imaginem que filhotes dos fascistas, racistas e xenófobos portugueses ocupam o Palácio de Belém, vão para o Governo e ficam em maioria absolutíssima na Assembleia da República. Ficam lá 50 anos como Salazar. Os comunistas voltam para a clandestinidade. A esquerda, zero.

Imaginem que à conta da guerra na Ucrânia os representantes da Federação Russa no Festival das Cantorias da Eurovisão são expulsos. Não percam tempo, aconteceu mesmo. Imaginem que Israel manda uma menina à Suécia cantar as aldrabices do 7 de Outubro e glorificar os nazis de Telavive. Aconteceu! Mas obrigaram a mudar o título da cantoria. Ousadia! Imaginem que milhares de pessoas cercaram o estádio de Malmoe, cidade sueca onde decorreu o festival, protestando contra a presença de Israel. 

Os grandes democratas que governam a Suécia mandaram milhares de polícias para a rua. Porrada de três em pipa nos manifestantes. Detenções com violência inaudita. Imaginem que acontecia em Luanda. Os sicários da UNITA e os seus ajudantes do Bloco Democrático exigiam a demissão do ministro Laborinho. Punham o Abílio Camalata Numa a fuzilar os agentes da Polícia Nacional que participaram na operação. Os deputados do Galo Negro, com Justino Pinto de Andrade à frente, ocupavam a Assembleia Nacional e linchavam a Presidente Carolina Cerqueira. 

Imaginem que a ONU, num raro momento de lucidez, informava o mundo que em seis meses de genocídio na Faixa de Gaza e Cisjordânia já morreram mais do dobro de civis do que na guerra da Ucrânia em anos. Fizeram mesmo isso! Imaginem que o Conselho de Segurança da ONU declarava a sua preocupação pela descoberta de valas comuns na Faixa de Gaza onde os Palestinos foram enterrados vivos. Fizeram mesmo essa declaração. Imaginem que os funcionários da ONU e os membros permanentes do Conselho de Segurança são mesmo contra o genocídio na Palestina. Os nazis de Telavive já há muito estavam a ser julgados por crimes contra a Humanidade.

O ESTAFADO VEÍCULO POLITICO DO FESTIVAL DA EUROVISÃO EM APOIO AO GENOCÍDIO*

Malmo em triste espectáculo: Indiferença a mais de 50.000 assassinatos de civis palestinos

O vencedor, os vencidos (e a expulsão). O enredo da polémica Eurovisão

Em Malmö, na Suécia, 25 países competiram para vencer mas foi a Suíça, pela voz do artista Nemo, que conquistou o concurso, com 591 pontos.

A edição deste ano do 68.º Festival Eurovisão da Canção, da qual a Suíça saiu vencedora com o tema 'The Code', foi marcada por uma série de polémicas, entre elas a participação de Israel e a expulsão do artista que representava os Países Baixos.

Top 3 da Eurovisão

Em Malmö, na Suécia, 25 países competiram para vencer mas foi a Suíça, pela voz do artista Nemo, que venceu o concurso, com 591 pontos. Esta foi a terceira vez que aquele país venceu o festival.

O top 3 da 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção fica completo com a Croácia, representado por Baby Lasagna, com o tema 'Rim Tim Tagi Dim', que conseguiu 547 pontos (210 dos júris e 337 do público), e com a Ucrânia, representada por Alyona Alyona e Jerri Heil, com 453 pontos (146 dos júris e 307 do público), com a música 'Teresa & Maria'.

A Ucrânia foi o segundo país mais votado pelo público, sendo superado apenas por Israel, que obteve 323 pontos do público, aos quais se juntaram 52 pontos dos júris internacionais.

Ativismos pró-Palestina nas universidades espalhou-se rapidamente pela Europa

The Cradle | # Traduzido em português do Brasil

A Confederação das Universidades Espanholas (CRUE), que representa dezenas de instituições de ensino superior em Espanha, anunciou no dia 9 de maio que cortará relações com certas universidades e centros de investigação israelitas. 

A CRUE disse na quinta-feira que encerrará as relações com todas as instituições israelenses “que não expressaram um compromisso firme com a paz e o cumprimento do direito humanitário internacional”. 

A decisão surgiu depois de estudantes de todo o país terem criado acampamentos nos seus campi em solidariedade com Gaza e a Palestina, inspirados pelo movimento estudantil em grande escala dos EUA que começou há semanas e desde então se espalhou por todo o mundo. 

O CRUE também prometeu expandir a cooperação com universidades e centros de investigação palestinianos, incluindo trabalho voluntário e programas de ajuda aos refugiados. Também prometeu tomar medidas contra o anti-semitismo e a islamofobia nos campi espanhóis. 

A confederação representa 76 instituições de ensino superior públicas e privadas em Espanha.

Protestos globais por Gaza: o triunfo moral das revoltas estudantis

Janna Kadri | Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

O movimento estudantil nos EUA é uma vitória moral para a classe trabalhadora que deve ser traduzida numa vitória política.

As manifestações estudantis pró-Palestina têm ganhado força nas últimas semanas. Imagens de manifestantes sendo espancados e atacados com gás lacrimogêneo circularam por todas as plataformas de mídia social. Estas imagens angustiantes indicam um novo ponto baixo no estado da democracia ocidental, onde as políticas estatais de apoio ao apartheid israelita beneficiam apenas alguns, especialmente a classe financeira que lucra com os gastos de guerra e estende as políticas coloniais. É justo dizer agora que nada nos EUA pode ser verdadeiramente considerado democrático, muito menos as suas instituições académicas. Afinal, estas são agências institucionais da classe dominante. São um produto do consenso gerado pelos capitalistas e pelas suas classes aliadas, que se mantêm através de formas institucionais que servem os seus fins lucrativos.

Em tempos de crise como estes, estas instituições revelam-se pelo que são: instrumentos da classe dominante que suprimem até mesmo acções pacíficas que se opõem às atrocidades cometidas pelo regime israelita. A repressão é uma prática corrente num país onde prevalece a ilusão de escolha. Na verdade, essa democracia americana nada mais é do que uma forma de poder utilizada para esmagar a dissidência. Basta pensar na repressão dos afro-americanos e na sua contínua relegação para níveis abaixo dos de subsistência.

Devemos também lembrar que as instituições americanas têm alcance internacional, e a supressão da dissidência interna – como através do encarceramento em massa dos pobres – assume a forma de uma guerra massiva infligida ao mundo em desenvolvimento e/ou de políticas de austeridade garantidas para criar condições de desenvolvimento estrutural. genocídio, condições de vida sombrias e subsequente perda desnecessária de vidas devido à fome e às doenças. Nem mesmo a natureza foi poupada. Hoje, o planeta caminha para um beco sem saída, tudo devido a uma ideologia reinante que prioriza os lucros sobre as pessoas.

Usando uma crise fictícia de anti-semitismo para apoiar um genocídio real

Caitlin Johnstone* | CaitlinJohnstone.com.au | # Traduzido em português do Brasil

Uma das coisas mais frustrantes que estão a acontecer no mundo neste momento é a forma como as pessoas de consciência estão a fazer tudo o que podem para pôr fim às atrocidades de Israel apoiadas pelos EUA em Gaza, e os apoiantes de Israel estão a responder a isso apontando para uma epidemia de “ anti-semitismo” que não existe fora da sua própria imaginação - mas espera-se que todos finjamos que é real e digno de respeito.

O “Dr. Phil” McGraw da televisão voou para Jerusalém para dar ao criminoso de guerra Benjamin Netanyahu uma plataforma de uma hora para justificar a sua violência genocida em Gaza a um público americano, ajudando descaradamente o pedido de desculpas do primeiro-ministro israelita com os seus próprios pontos de discussão comuns sobre hasbara.

A dupla passou muito tempo difamando os manifestantes anti-genocídio nas universidades dos EUA como odiadores do mal aos judeus. A certa altura, Netanyahu chegou ao ponto de apresentar a ridícula sugestão de que esta súbita onda de apoio aos palestinianos não tem nada a ver com as acções de Israel em Gaza, mas se deve unicamente a uma “explosão” massiva de anti-semitismo que, por acaso, coincidir com essas ações.

“Não é dirigido ao que fazemos, é dirigido a quem somos”, disse Netanyahu sobre os protestos, acrescentando: “É uma explosão anti-semita que ameaça toda a civilização”.

“A actividade anti-semita aumentou 360 por cento na América desde 7 de Outubro, e já era elevada antes de 7 de Outubro, e aumentou 360 por cento”, respondeu McGraw num acordo furioso. 

Isto é uma ficção. O homem da televisão está a citar uma estatística falsa da Liga Anti-Difamação, que depois de 7 de Outubro começou a categorizar os comícios pró-Palestina como incidentes anti-semitas , incluindo comícios organizados e com a participação de grupos judaicos . Esta manipulação propagandística permitiu que os meios de comunicação social amigos de Israel relatassem falsamente um aumento maciço do anti-semitismo na sequência do 7 de Outubro, que na realidade não tinha ocorrido.

Pluralismo e Agressões Racistas -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Betinho Gomes (João Roberto Correia Gomes), basquetebolista do Sport Lisboa e Benfica, o clube de Eusébio e Mantorras, participou na final da Taça Hugo dos Santos no pavilhão de Gondomar, contra a equipa do F. C. Porto. Alguns espectadores atacaram-no com insultos racistas: Preto vai para a tua terra! A polícia, delicadamente, retirou os insultadores. Por favor, voltem para os vossos lugares. Vossas excelências importam-se de parar com os insultos? Muito obrigado. Ao fim de meia hora o jogo recomeçou. Este atleta defende as cores de Portugal na selecção nacional de basquetebol. É português e negro, como tantos milhares. 

A extrema-direita portuguesa, no governo ou no partido Chega, diz que a emigração em Portugal está descontrolada! Por isso é que chovem insultos racistas e xenófobos. As milícias fascistas agridem estrangeiros que estão a trabalhar em Portugal. Trabalho com salários rastejantes. Fazem aquilo que os portugueses não querem fazer por pouco dinheirito.

Os racistas e xenófobos estão parados no tempo. E querem regressar à época em que os escravos foram libertos. Naquela época quem não percebeu a mudança, sofreu e muito. Os homens livres perderam o medo dos senhores e responderam às agressões e insultos. 

Em Portugal existem negros desde a fundação do país. Nunca esqueçam o Bispo Negro de Coimbra, kamba de D. Afonso Henriques. São tão portugueses como os brancos racistas e xenófobos. Daqui a 20 anos a população branca portuguesa é minoritária. Se querem construir o futuro com ódio racial e xenofobia, estejam à vontade. Mas se em 1975 a turma de Mário Soares e da CIA falhou a guerra civil, agora não escapa. É uma pena mancharem de sangue um país tão bonito. É imperdoável arrastrem o povo do 25 de Abril para a guerra fratricida.

sábado, 11 de maio de 2024

As mentes colonialistas de Portugal estão bastante ativas e a transbordar de prosápia

Pois é. As mentes colonialistas de Portugal estão bastante ativas e têm a prosápia de assim demonstrar publicamente apesar de não serem honestos a dizerem tudo que pensam sobre o que vai nos seus convencimentos e atitudes. Apesar disso revelam-se e procuram pressionar/influenciar os países lusófonos da CPLP e dos Palop para levar esses países para a área daqueles a quem se venderam, a UE e os EUA, ou se quisermos o terrifico ocidente que ainda se acha 'dono do mundo' numa hegemonia de ascendência actuante anglófona e criminosa em África, Ásia, América Latina e outros países. É o tal e decadente Ocidente Alargado mesmo que sejam países do Oriente e/ou da América Latina. "O mundo é nosso", é e sempre foi a divisa de Inglaterra (chamado Reino Unido). E é também dos EUA com a subserviência da União Europeia sempre pronta que está em defesa e do lado dos maiores assassinos e ladrões compulsivos dos povos e dos imensos países do mundo. Afinal também ela, UE, colonizada pelos EUA, principalmente seguidista e declarada 'aliada' em prol da defesa dos seus senhores da Casa Branca bordada a cadáveres e a sangue de inocentes.

É o mundo que temos e os dirigentes subservientes que temos no pseudochamado 'mundo livre', franca e abertamente pseudodemocrata. Portugal incluído.

Os mainatos desse tal Ocidente mostram a sua 'raça' acerca de São Tomé e Príncipe e ao acordo militar com a Rússia. Ainda se roçam pela Guiné-Bissau. Lá voltam os fantasmas dos russos e comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Roma na Igreja Vaticanal também alinha nisso. Assim foi em Portugal e no Ocidente nos tempos ditatoriais de Salazar e de outros ditadores pseudodemocratas europeus e dos EUA. Tempos que só estavam à coca de renascer. Parece que nunca morreram. É o que temos e o que a todos nós nos trama. A independência é uma falácia, uma falsidade gigantesca.

Paulo Rangel, atual ministro dos chamados negócios estrangeiros de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República de Portugal, ficaram chocados com a decisão de São Tomé e Príncipe ao fazer um acordo com a Rússia. Sim? Esses sujeitos desconhecem que aquele país-ilhas africanas é soberano? Que incúria, que atrevimento, imiscuírem-se abusivamente nas relações santomenses com outros países... Atitude e ideia não são peregrinas mas sim de puro e declarado convite ao nojo de mentalidades colonialistas e subservientes aos EUA.

Dizer/saber mais é o que não falta na imprensa portuguesa e mundial. O repúdio cresce. Marcelo e Rangel são farinha do mesmo saco, bem antiga e apodrecida. Deixá-los fenecer. Todo o mundo é composto de mudanças e eles fazem que ignoram essa certeza. Vão ser apanhados pela realidade se o Universo (Sul Global) quiser e quando quiser. São Tomé e Príncipe e muitos outros países é o que estão a querer e estão a fazer.

Abram os olhos, mulas!

A seguir, sobre as mentes colonialistas lusas.

Mário Motta, opinião

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Angola | Hoje Tudo Bem Amanhã Sai Maka – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Hoje tudo bem amanhã sai maka. Grandes conflitos! O Presidente João Lourenço afirmou em Dalas, Texas, que “o continente africano conta muito com esta nova parceria com os EUA para o financiamento e construção das infra-estruturas necessárias para o seu desenvolvimento”. O Níger está em total desacordo. Mali igualmente. Burkina Faso nem se fala. República Centro Africana passa. Gabão nem pensar. Hoje vi a foto de família no final da Cimeira Empresarial EUA-África. Contei 19 cabeças. Nove eram da casa. Dez africanos. África tem 55 países (incluo a República Árabe Saharaui Democrática). Angola está ao nível da Libéria.

Hoje tudo bem amanhã sai maka grossa. Grandes conflitos! Angola e os EUA assinaram em Dalas, Texas, acordos de financiamento para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, o principal beneficiário da Parceria Global de Investimento e Infra-estrutura (PGI), no valor de 1,2 mil milhões de dólares! 

Os documentos foram assinados pela ministra das Finanças, Vera Daves, e pela presidente do Banco de Exportação e Importação dos EUA (EXIM Bank), Reta-Jo Lewis. O kumbu vai para o Corredor do Lobito, projecto privado recentemente alargado ao inefável Valdomiro Minoru Dondo que entrou no capital social da Mota-Engil Angola. Em nome da transparência, Dona Vera Daves devia explicar se o dinheiro anunciado vai ser investido em infra-estruturas no território angolano, ou nos países vizinhos que de becos vão passar a ter um corredor para o mar. Pergunta inquietante: O Estado paga tudo, até as obras na Zâmbia e na República Democrática do Congo? Expliquem enquanto é tempo.

No final da Cimeira Empresarial EUA-África (o que estavam lá a fazer Chefes de Estado)?) Neil Breslin, presidente da Câmara de Comércio Angola-Estados Unidos da América, foi “entrevistado” na TPA por Ernesto Bartolomeu. Publicidade e tempo de antena no espaço noticioso é ilegal! 

Como é Neil carrijduro? Estás fixe? Ernesto estou na maior mêmano. Frikikiki! Memo fixe!

O Neil vendeu peixe podre o Ernesto facturou e está tudo bem. Amanhã vai dar makas mundiais.

Portugal | EM LOUVOR DA GUERRA

Hoje já não há cravo capaz de disfarçar as multidões de «filhos da mãe» que para aí andam, farsantes que dissolvem o 25 de Abril no 25 de Novembro; para eles bastava que o salazarismo/marcelismo imitasse a sábia transição conseguida pelo franquismo aqui mesmo ao lado.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

o olhar desapaixonadamente para a relação entre a Revolução de 25 de Abril de 1974 e o cenário político, social, económico e militar hoje existente em Portugal não será abusivo concluir que o maior engano dos militares revolucionários, ou talvez o seu mais desmedido atrevimento, foi o de terem marcado tão fortemente o movimento transformador com a intenção de instaurar políticas de paz e de independência nacional.

Por alguma razão, a nova classe política emergente a partir de Novembro de 1975 os quis mandar rapidamente para os quartéis. Paz e soberania nacional não estavam, como hoje se percebe, nos programas dos políticos com ambições de poder que então já se perfilavam para tomar conta do 25 de Abril e torneá-lo à sua maneira, de acordo com as instruções dos patrocinadores externos. Não contavam, é certo, com o fulgor e a rapidez com que o povo se uniu ao MFA, fazendo seu o programa dos corajosos militares e defendendo-o nas ruas, nos locais de trabalho e nas organizações populares nascentes, começando assim a modelar verdadeiramente um novo país.

Os ambiciosos políticos que pouco ou nada fizeram para abalar os alicerces do fascismo, e que ainda hoje têm pudor em qualificar assim o regime beato-salazarista, foram inegavelmente apanhados de surpresa pela súbita dinâmica militar e popular. O carácter verdadeiramente revolucionário e de ruptura que começou a ser afirmado no próprio dia 25 de Abril trocou as voltas aos que ainda em pleno período da «primavera marcelista», nas margens do regime ou em exílios bastante cómodos e tranquilos, tomaram posições para tirar proveito de uma desejada «evolução na continuidade».

Contavam que o poder lhes chegasse às mãos durante essa fase, logo que fosse possível isolar os «ultras» e «duros» da ortodoxia salazarista, no quadro de uma democracia parcialmente pluripartidária e parlamentar abençoada pelos Estados Unidos e a NATO, na qual os «donos disto tudo» não sofressem quaisquer danos e incómodos graças a uma transição suave e cordata feita sem acordar o povo. Nessa restaurada democracia de uma «nova república» não deveriam caber o Partido Comunista Português e outras correntes antifascistas que pudessem representar uma oposição real susceptível de inquietar o atlantismo e, sobretudo, perturbassem os interesse do império e a «civilização ocidental». 

As normas oficiais e, sobretudo, clandestinas da Aliança Atlântica nessa matéria eram (e são) taxativas e custaram até a vida ao primeiro-ministro italiano Aldo Moro, apesar de ser democrata-cristão: na Europa Ocidental nenhum partido comunista poderia aproximar-se da órbita de qualquer governo; se os comunistas continuassem ilegais, melhor seria. A perseguição permanente e incansável da classe política em funções e do respectivo aparelho de propaganda contra o PCP durante as últimas cinco décadas, recorrendo a métodos sujos e inegavelmente inspirados no «antigo regime» para o fazer desaparecer do Parlamento, é a variante dessa estratégia seguida desde que o partido foi legalizado.

ALIMENTAR O ÓDIO

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

O aproveitamento demagógico dos problemas da imigração tem sido uma carta aberta à inscrição de algumas das piores e mais trágicas expressões da natureza humana na última década. Maioritariamente provenientes de África, América Latina ou Ásia, os movimentos migratórios para a Europa e EUA continuam a inundar o debate e, perante os fenómenos populistas e de fácil retórica, elegeram inadvertidamente as conversas às mesas de café como um modelo de fazer política e acrescentar peso eleitoral gratuito. Dizer o que se pensa em surdina, mesmo que a surdez seja proveniente de quem não quer perceber pelo olhar.

São já demasiados os casos em que responsáveis políticos, deputados inclusive, escolhem o caminho grotesco do racismo e xenofobia perante algo que possa ter o dedo de um imigrante. Semear a desconfiança. Não dos do Norte da Europa, certamente. Não dos de pele branca como muitos há. O racismo político escolhe os seus alvos pela cor da pele e coloca a tónica não no ataque racista mas no problema que, aparentemente, quer resolver pela violência da mentira. Desloca o foco da vítima e coloca-a como a causa do problema. Esta é uma violência doméstica portuguesa, a crescer todos os dias pelo contínuo branqueamento e conivência para com a dita liberdade de expressão, aquela em que se descreve o crime sem o pronunciar ou pagar por ele.

Com o nosso passado histórico enquanto país, tudo isto acrescenta camadas de grotesco. Não tivéssemos nós, europeus, emigrado a partir do século XV para todos os outros continentes à procura de riqueza e de melhores condições de vida, e o crime de ódio perpetrado contra cidadãos magrebinos no Porto, em sua casa e na via pública, continuaria a ser um exemplo implacável do sentimento irracional que cresce na sociedade portuguesa por ver como imigrantes fazem o trabalho que ninguém quer fazer.

Nos campos, nas fábricas, nas ruas. Talvez muitos não lhes agradeçam ou os reconheçam quando recebem comida em casa. Crie-se um “takeaway” para levar o olhar daqui para fora e não alimentar o ódio. Há tanta gente a fechar os olhos à História de um país que pode agradecer o favor de existir aos migrantes com i ou com e. Tanta gente autora moral de crimes como este que a cidade do Porto viu e repudiou.

O autor escreve segundo a antiga ortografia

* Músico e jurista

Portugal | Houve ou não orientações? Há novos detalhes sobre os acertos das pensões

A presidente do Instituto da Segurança Social garante que não houve nenhum alinhamento nem orientações da anterior tutela sobre datas para o acerto da retenção do IRS nas pensões.

A polémica em torno do acerto das pensões conheceu novos detalhes, na quinta-feira, com a audição da presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Ana Margarida Vasques, que garantiu que não houve nenhum alinhamento nem orientações da anterior tutela sobre datas para o acerto da retenção do IRS nas pensões.

"Não houve aqui nenhum alinhamento sobre datas, nem nada, nem orientações da anterior tutela" e "não foi tomada nenhuma decisão das tabelas de retenção com a tutela, com nenhuma tutela, nem com esta nem com anterior", disse a presidente do ISS, durante uma audição no Parlamento.

Ana Margarida Vasques explicou que o acerto do IRS das pensões ocorreu em abril e maio após terminarem os desenvolvimentos informáticos e testes associados a esta correção sem pôr em causa as restantes prestações.

"Os acertos foram feitos em abril e maio, quando foi possível terminar os desenvolvimentos informáticos e os testes associados a esta correção sem prejudicar os processamentos das restantes prestações sociais", afirmou a presidente do ISS.

Ana Margarida Vasques afirmou que se tratou de "uma questão de natureza técnica", que tem "precedentes" e que não pode "ter outra leitura designadamente de natureza política".

Portugal | OS TRAIDORES


Henrique Monteiro | HenriCartoon

AGUARDANDO PROVOCAÇÕES DA OTAN NA RÚSSIA

South Front | # Traduzido em português do Brasil -- ver vídeo

Eleito chefe de Estado em março de 2024, Putin tornou-se presidente da Rússia pela quinta vez. A cerimônia de inauguração foi realizada no Kremlin em 7 de maio.

O presidente russo declarou mais uma vez que o rumo do país estava correto face aos sérios desafios. A Rússia não recusa contactos com os países ocidentais, inclusive sobre questões de segurança e estabilidade estratégica, mas o diálogo deve ser igualitário, “não numa posição de força, sem qualquer arrogância, arrogância e exclusividade de alguém”.

Em meio às comemorações, são esperadas grandes provocações. As medidas de segurança foram reforçadas em toda a Rússia. No dia 9 de maio há um grande feriado, o Dia da Vitória. Por razões de segurança, os eventos de massa foram cancelados, mas em algumas cidades existem panfletos falsos apelando aos residentes para saírem às ruas para as celebrações. As autoridades locais alertam que estes podem ser preparativos do inimigo para ataques terroristas.

Espera-se que os militares ucranianos e da NATO tentem um ataque massivo à península da Crimeia, utilizando drones aéreos e marítimos, bem como vários mísseis ocidentais, incluindo ATACMS e Storm Shadows. Na noite de 6 de maio, outro ataque foi repelido na costa oeste da Crimeia. O Ministério da Defesa russo relatou a destruição de 5 barcos não tripulados ucranianos. Os militares ucranianos usaram drones de superfície equipados com mísseis concebidos para atingir alvos aéreos, mas não conseguiram atingir nenhum alvo significativo.

SITUAÇÃO MILITAR NAS LINHAS DE FRENTE UCRANIANAS - 9 DE MAIO DE 2024 (mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Forças russas repeliram ataques perto de Senkovka

As forças russas repeliram ataques perto de Stelmakhovka

As forças russas fizeram novos avanços em Staromaiorske

Forças russas avançaram em Netailove

Os confrontos continuaram em Robotyne

Os confrontos continuaram em Krasnogorivka

Os confrontos continuam em Krynky

Os confrontos continuam em Chasov Yar

As forças russas eliminaram 40 militares, dois obuses D-20 e um obus D-30 de 122 mm na área de Kupyansk

As forças russas eliminaram 215 militares, dois veículos blindados de transporte de pessoal, um M113, dois veículos motorizados, um obuseiro M777, quatro D-20, dois obuseiros D-30 na área de Donetsk

As forças russas eliminaram 380 militares ucranianos, um tanque, dois veículos de infantaria, dois obuseiros M777 de 155 mm fabricados nos EUA na área de Avdeevka

A realidade é que os judeus da diáspora clamam pelo fim do sionismo em todo o mundo

Hamzah Rifaat* | Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

No mundo ocidental, muitos judeus diaspóricos são membros de organizações progressistas como a Voz Judaica pela Paz nos Estados Unidos.

Recentemente, o presidente do regime sionista, Isaac Herzog, declarou insensivelmente que todos os judeus da diáspora deveriam tornar-se “semi-cidadãos” de “Israel”. As suas declarações exalam ignorância e miopia, visto que implicam que os judeus diaspóricos são bucha de canhão para a maquinaria genocida na Palestina. Está também ancorado em noções preconcebidas de que os judeus que vivem nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália e em outras partes do mundo irão tolerar o assassinato sistemático e a limpeza étnica dos palestinianos. Contudo, uma compreensão imparcial e mais profunda da diáspora judaica sugere o contrário. 

Embora seja verdade que a diáspora judaica não é uma entidade monolítica com uma perspectiva pró-palestiniana ou pró-sionista generalizada, como sugere Herzog, há evidências que sugerem que muitos grupos não aprovam o sionismo como o chamado “fim de tudo”. para o judaísmo ou o estabelecimento de um estado judeu. Tomemos como exemplo as avaliações da cineasta britânica Gillian Mosley, que sugere que o judaísmo como religião é mais importante do que a ideologia sionista militante para os judeus diaspóricos. Ela argumenta que o Judaísmo existe há 2.500 anos, em comparação com o Sionismo, que existe há 150 anos, o que torna o conceito de 'Israel', as suas políticas e o apoio à sua maquinaria genocida, abomináveis ​​aos olhos dos judeus diaspóricos. 

Portanto, confundir o Judaísmo com o Sionismo, como sugere Herzog, é inerentemente falho. No mundo ocidental, muitos judeus diaspóricos são membros de organizações progressistas como a Voz Judaica pela Paz nos Estados Unidos. O JVP é veementemente contra o sionismo e apelou consistentemente ao fim da matança bárbara da população palestiniana ocupada. Da mesma forma, o grupo ' Neturei Karta ' ou ' Guardiões da Cidade ' nos Estados Unidos e "Israel", que consiste em judeus Haredi, foi fundado em 1938 e permanece ativo como judeus ortodoxos que se opõem ao sionismo. Os Haredis defendem a destruição pacífica do estado israelense e acreditam firmemente que estabelecer um estado judeu é equivalente a uma rebelião contra Deus. A sua orientação ferozmente anti-sionista encontrou força na cidade de Nova Iorque, onde são vistos activamente segurando cartazes pró-Palestina e apelando ao fim da ocupação israelita da Palestina desde 1948. 

A guerra de Israel em Gaza: pacientes e funcionários forçados a sair dos hospitais de Rafah

Mccready  e  Stephen Quillen | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Pacientes e funcionários estão sendo forçados a deixar hospitais em Rafah à medida que os ataques de Israel à cidade se intensificam.

Cerca de 110 mil palestinos fugiram de Rafah, segundo a UNRWA, desde que Israel começou a avançar tropas em direção ao leste de Rafah e a intensificar os ataques à cidade na segunda-feira.

Análise

Mais do analista militar Magnier

Elijah Magnier, analista militar e político, acrescenta que os militares de Israel enfrentam uma série de desafios à medida que avançam mais profundamente em Rafah.

É necessário:

reunir um grande número de tropas em Rafah sem irritar os egípcios;

adaptar as tropas a novos terrenos distintos do centro e do norte de Gaza;

localizar túneis a partir dos quais os combatentes do Hamas possam lançar ataques;

realocar centenas de milhares de palestinos já deslocados de potenciais áreas de combate enquanto o mundo assiste.

Geralmente, a política de Israel é “destruir tudo antes de mover as tropas… mas porque todos os olhos do mundo estão fixos no que Netanyahu vai fazer em Rafah e devido ao grande número de refugiados deslocados internamente, ele não pode iniciar bombardeamentos massivos ”, acrescentou Magnier.

Além disso, [Netanyahu] sabe que as tropas enfrentarão “forte resistência” e precisarão de tempo para “se acostumarem com a área” e identificarem ameaças.

A pausa nas armas de Biden não terá impacto nas operações de Israel em Rafah

Elijah Magnier, analista militar e político, diz que a decisão de Biden de restringir algumas armas a Israel não mudará a estratégia do primeiro-ministro Netanyahu em Rafah.

“Isso não vai mudar nenhum dos planos de Netanyahu de ocupar Rafah”, disse Magnier à Al Jazeera.

“Pelo contrário, isso lhe dará tempo suficiente para passar mais tempo em Rafah e ir muito devagar para garantir que esta guerra dure o máximo possível.”

Magnier acrescentou que a pausa nas armas dos EUA é inconsequente porque se aplica apenas a “bombas inteligentes, não bombas burras, que Israel tem em abundância e tem usado nos últimos sete meses”.

Acadêmico da Arizona State University demitido após agressão verbal

A Arizona State University (ASU) anunciou que um acadêmico envolvido em uma agressão verbal a uma mulher que usava hijab foi demitido e impedido de retornar ao campus para lecionar.

“Ele não tem mais permissão para estar no campus e nunca mais ensinará aqui”, disse o presidente da ASU, Michael Crow, em uma declaração à CNN sobre Jonathan Yudelman, que foi afastado após o incidente de 5 de maio.

Yudelman, pesquisador de pós-doutorado na universidade, foi reconhecido e acusado de intimidar duas pessoas perto de um comício pró-Israel em um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais.

Yudelman, que foi identificado em várias plataformas em 6 de maio, trabalha como pós-doutorado na Escola de Pensamento e Liderança Cívica e Econômica da universidade.

BLOG DE GAZA: Lutando no leste de Rafah | Blinken não acusará Israel

Paralisação nas negociações de cessar-fogo – Dia 217

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

As forças israelitas realizaram ataques intensos em várias áreas da Faixa de Gaza, matando e ferindo dezenas de palestinianos. 

Embora as tensões continuem a aumentar entre Israel e a administração norte-americana de Joe Biden, os relatórios indicam que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, não acusará Israel de violar o direito internacional enquanto informa o Congresso.

A Resistência Palestina e Árabe reagiu em todas as frentes, com confrontos violentos eclodindo a leste de Rafah.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 34.904 palestinos foram mortos e 78.514 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

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ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Sexta-feira, 10 de maio, 11h (GMT +2)

CORRESPONDENTE DA CRÔNICA PALESTINA: A Conferência Global Anti-Apartheid começou com um momento de silêncio para os mais de 34.000 palestinos que foram mortos no ataque genocida de Israel à Faixa de Gaza.

REVERENDO FRANK CHIKANE: “Esta conferência deve garantir que mobilizamos o mundo… e libertamos o povo da Palestina.”

Sexta-feira, 10 de maio, 10h (GMT +2)

CORRESPONDENTE DA CRÔNICA PALESTINA: A Conferência Global Anti-Apartheid começa em Joanesburgo, África do Sul, na sexta-feira. A conferência visa “estabelecer as bases para a mobilização de um Movimento Global Anti-Apartheid para responsabilizar Israel pelos seus crimes contra o povo palestiniano e trabalhar para desmantelar o apartheid israelita desde o Rio Jordão até ao Mar Mediterrâneo”.

Sexta-feira, 10 de maio, 08h00 (GMT +2)

MÍDIA PALESTINA: Eclodiram confrontos violentos entre a resistência palestina e as forças de ocupação, coincidindo com violentos bombardeios de artilharia nas proximidades do município de Al-Shoka e na área de Abu Halawa, a leste da cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.

MÍDIA PALESTINA: Um cidadão foi morto em um bombardeio de artilharia israelense contra o centro da cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.

AXIOS (citando três autoridades): Espera-se que o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, apresente um relatório ao Congresso hoje, sexta-feira, sobre o comportamento de Israel na Faixa de Gaza.

AL-JAZEERA: Um bombardeio israelense teve como alvo uma casa da família Abdel-Al na rua Yarmouk, no centro da cidade de Gaza, matando e ferindo vários palestinos.

Sexta-feira, 10 de maio, 06h00 (GMT +2)

MÍDIA PALESTINA: A ocupação bombardeia praças residenciais no bairro de Al-Zaytoun.

AL-JAZEERA: Violentos bombardeios de artilharia atingiram os bairros de Al-Zaytoun e Al-Sabra, a sudeste da cidade de Gaza.

Sexta-feira, 10 de maio, 05h00 (GMT +2)

AL-JAZEERA: O exército israelense realizou operações de bombardeio a leste da cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.

NETANYAHU: Esperamos encontrar uma forma de superar as suas diferenças com a administração do presidente dos EUA, Joe Biden.

RESISTÊNCIA ISLÂMICA NO IRAQUE: Atacamos um alvo vital em Eilat com drones.

Sexta-feira, 10 de maio, 04h00 (GMT +2)

MÍDIA PALESTINA: Os ataques israelenses tiveram como alvo várias áreas da cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.

Sexta-feira, 10 de maio, 03h00 (GMT +2)

NETANYAHU (citado pela CNN). Biden cometeu um erro ao parar de enviar o carregamento de armas para Israel.

Sexta-feira, 10 de maio, 02h00 (GMT +2)

REUTERS: Biden ordenou que sua equipe continuasse trabalhando com Israel para derrotar permanentemente o Hamas.

EX-MERDA BEN CHEEF: Não me lembro que Israel tenha passado por uma situação desesperadora como a que está passando agora.

TRUMP: Biden abandonou Israel e eu não teria feito o que ele fez.

Sexta-feira, 10 de maio, 01h00 (GMT +2)

EXÉRCITO ISRAELITA: O exército israelense disse que bombardeou edifícios militares e infraestrutura do Hezbollah em Kafr Kila, Aita al-Shaab e Yarin, no sul do Líbano.

JORDANIAN FM: Condenamos o incêndio por extremistas israelenses nas proximidades da sede da UNRWA em Jerusalém ocupada.

SENADOR MURPHY DOS EUA: É pouco provável que a operação em Rafah afecte a força do Hamas a longo prazo. Não é do nosso interesse estratégico ou moral ajudar Israel a lançar uma campanha em Rafah.

KAN: O fracasso em chegar a um acordo de troca de prisioneiros entre a resistência palestina e Israel “ameaça o governo de emergência com o colapso.

Sexta-feira, 10 de maio, 12h (GMT +2)

MÍDIA PALESTINA: Vários palestinos foram mortos e feridos esta noite depois que a ocupação israelense bombardeou uma casa no campo de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza.

Quinta-feira, 9 de maio, 23h30 (GMT +2)

ISRAELITA HOJE (Citando o ministro do Conselho de Guerra de Israel, Benny Gantz): “Israel tem a obrigação moral e de segurança de continuar lutando para devolver nossos prisioneiros e remover a ameaça do Hamas do sul do país, e os Estados Unidos têm a obrigação moral e estratégica de fornecer a Israel as ferramentas necessárias para fazê-lo.”

Compreendo o desespero dos cientistas do clima - opinião em The Guardian

Mas o otimismo teimoso pode ser a nossa única esperança

Cristiane Figueres* | The Guardian | opinião | # Traduzido em português do Brasil

O espírito de luta ajudou-nos a alcançar os acordos de Paris em 2015 – e precisamos dele agora que o mundo está a caminho de ultrapassar os 1,5ºC

‘Sem esperança e quebrados’: por que os principais cientistas climáticos do mundo estão desesperados

Sem forças e quebrado”: ​​foi assim que uma importante cientista entrevistada pelo Guardian descreveu o sentimento enquanto ela e centenas de outros especialistas em clima compartilhavam previsões angustiantes sobre o futuro do planeta esta semana.

Eu ressoo com seus sentimentos de desespero. Mesmo sendo antigo chefe da convenção das Nações Unidas sobre alterações climáticas que alcançou o acordo de Paris em 2015, eu, tal como muitos, posso sucumbir à crença no pior resultado possível. Logo depois de ter assumido o cargo de chefe do clima da ONU em 2010, disse a uma sala cheia de repórteres que não acreditava que um acordo global sobre o clima fosse possível durante a minha vida.

Agora, os cientistas dizem que estamos no bom caminho para ultrapassar o limite máximo de temperatura de 1,5ºC consagrado no Acordo de Paris, levando a um mundo distópico atormentado pela fome, conflitos e calor insuportável. Os impactos climáticos atingiram-se tão rapidamente que os piores cenários previstos pelos cientistas já estão, em alguns casos, a tornar-se realidade.

Isto não é alarmismo: estes cientistas climáticos estão a fazer o seu trabalho. Eles estão nos dizendo onde estamos, mas agora cabe ao resto de nós decidir o que este momento exige de nós e mudar radicalmente a direção da viagem.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

O Milagre do Soba Grande -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Filho de enfermeiro pode não curar mas faz milagres tão milagrosos que milagreiros e milagreiras ficam invejosos. Retiro tudo o que escrevi até hoje. João Lourenço merece o culto de personalidade. Merece todos os elogios. Merece que os dirigentes do MPLA e seus ajudantes no Executivo lhe atribuam tudo o que é bom, especioso, maravilhoso, bondoso. A presença do Chefe de Estado na Cimeira EUA-África fez transbordar o copo dos milagres.

João Lourenço, sua corte de ministras e ministros, mais a turma da TPA conseguiram o impensável. Transformaram o estado terrorista mais perigoso do mundo a fonte de todos os bens. Todos os benefícios. Todos os investimentos contra a fome. Afinal de Washington não vem apenas morte e destruição. Sinistros ventos da guerra. Negócio de armas. 

Com o apoio tecnológico, científico e financeiro dos EUA, Angola vai diversificar a economia. Com os milhares de milhões despejados pelos EUA em Angola adeus miséria! Boa viagem de ida sem volta. Até final do ano fica instalado o paraíso em África. E não pensem que as mudanças são passageiras, simples fogachos. Nada disso. João Lourenço falou com o seu homólogo da Libéria e a partir de hoje, esse grande país vai perpetuar entre nós a felicidade, a abundância, a riqueza para todos. Nem os sicários da UNITA escapam ao milagre! 

Os EUA despejaram bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki. Mataram em massa. Destruíram maciçamente. E daí? Agora escolheram África para despejarem sobre os povos megatoneladas de felicidade. Na Faixa de Gaza despejam dos aviões caixas de ajuda humanitária e acertam sempre nos miúdos famintos. Morrem esmagados com comida.

Os EUA fizeram da América Latina o seu quintalão. Golpes de estado sangrentos, execuções aos milhões, golpe dos militares no Brasil, golpe de Pinochet no Chile. Rios de sangue empaparam a Terra. Hoje distribuem felicidade e abundância do Polo Norte ao Polo Sul. E nem se esqueceram das ilhas de Cabo Verde. O suave milagre!

O filho de enfermeiro deu um jeito neste desfecho fabuloso. Os ladrões e assassinos de ontem, hoje são a luz da concórdia, os exterminadores da fome e da miséria, os campeões da liberdade de imprensa e outras miudezas. Angola já começou a beneficiar. A miséria foge de solo angolano como os oficiais da CIA, os mercenários e a soldadesca invasora fugiram do Norte de Angola em 1975 e 1976. A diversificação económica está aí. Visível, pujante, poderosa. Graças ao Presidente João Lourenço que deu instruções ao seu kaxiko Joe Biden.

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