segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

DIAMANTES: UM MUITO SENSÍVEL INDICADOR SOCIAL PARA ANGOLA – II


Martinho Júnior | Luanda

A RENÚNCIA IMPOSSÍVEL

Negação (continuação)
Quero matar-me
e deixar que o não-eu
se aposse de mim

Mais do que um simples suicídio
quero que esta minha morte
Seja uma verdadeira novidade histórica
um desaparecimento total
até mesmo nos cérebros
daqueles que me odeiam
até mesmo no tempo
e se processe a História
e o mundo continue
como se eu nunca tivesse existido
como se nenhuma obra tivesse produzido
como se nada tivesse influenciado na vida
como se em vez de valor negativo
eu fosse Zero…

(continua)


6- Os negócios com diamantes garantiram uma parte substancial dos processos de assimilação “luso-euro-tropicais”, para além do fim do colonialismo e colapso da internacional fascista na África Austral, até aos nossos dias, abrindo espaços não só à continuidade dos processos de assimilação colonial, mas também aos meandros das “transversalidades” capazes de propiciar neocolonialismo, até por que negociar diamantes é inerente ao capitalismo, às elites burguesas conformadas à “civilização judaico-cristã ocidental” e às suas eternas disputas… “os diamantes são eternos”, recordam todos os que aplicam à letra a máxima “o segredo é a alma do negócio”!...

Com os diamantes de Angola propiciam-se todo o tipo de enredos nesse sentido…

De certo modo, particularmente os relacionamentos bilaterais entre Angola e Portugal têm que ver com essas formas quase sempre secretas de cultivar os interesses e as conexões que se adaptam ao cruzamento entre clãs… digo bem cultivar, pois esses enredos assumem, em função da sua continuidade, um carácter antropológico e os etno-nacionalismos, com todo o oportunismo de que se nutrem e fazem fermentar, tiram partido da natureza dos enlaces e negócios, conforme se pode aperceber mais facilmente com as ligações entre famílias, incluindo “famílias sócio-políticas” (por exemplo o clã de Mário Soares com o clã de Savimbi)…

Esses relacionamentos foram sendo fomentados estimulando a burguesia, a classe média e a pequena burguesia dos dois países e, no caso angolano, constituem uma das bases da formulação das “novas elites” (ou os “100 novos ricos”) propiciadas desde o Acordo de Bicesse (assinados a 31 de Maio de 1991) pelos impactos neoliberais, tanto por via do choque savimbiesco, quanto, após ele, em plena época sucedânea de terapia neoliberal!

É evidente que essa apetência veio detrás e teve configurações evolutivas marcando a cadência das épocas, das conjunturas e dos cenários.

Muitas das tensões internas na sociedade angolana, nas instituições angolanas, no ambiente sócio-político angolano, inclusive as tensões que se radicalizaram, derivam dos interesses em relação aos diamantes e aqueles que se assumiram pela dignidade e pelo respeito para com o estado angolano enquanto seus servidores e mesmo depois, sem se deixaram corromper e servindo com fidelidade, correram sempre o risco, pela sua atipicidade, de sofrerem as consequências, na “esquina mais próxima” (lembrando ainda as preocupações do presidente Agostinho Neto)…

7- Os ensinamentos recolhidos por via do processo 105/83 e o comportamento do próprio poder em relação ao quadro de oficiais instrutores desse processo, são um testemunho vivo desse tipo de enredos, que os oficiais, militantes do MPLA, souberam durante décadas silenciar por que a unidade nacional, a independência e a soberania, associada à preservação da dignidade que é devida a quem está à frente do estado, está acima desse patamar histórico, antropológico, sociológico e psicológico em que me estou a situar (desvendei e continuo a desvendar quanto a partir do exterior haviam tentações para explorar a fraqueza, as vulnerabilidades e a inexperiência dos angolanos)…

De qualquer modo, ressalvando sempre a imperiosa necessidade de unidade e coesão nacional e integridade do próprio MPLA, já se passaram mais de trinta anos sobre os acontecimentos e, constatando-se quão importante é voltar ao rigor da gestão do estado angolano enquanto fiel depositário dos interesses do povo angolano, é oportuno relembrá-los com o fito de contribuir pedagogicamente para “corrigir o que está mal e melhorar o que esta bem” e para afirmar que a corrupção em Angola, tendo que ver com este tipo de ambientes, tem um espaço de manobra incomensurável, que afecta múltiplas franjas da sociedade e é de há décadas um poderoso tecido canceroso também dentro do estado, algo impossível de por completo se poder extirpar, até por que é movido a partir do exterior, a partir do “lobby” dos minerais e do próprio cartel, sem outras voltas a dar!…


8- Essa é uma das razões profundas que me tem levado a evidenciar a justeza do internacionalismo e da solidariedade do povo cubano para com África e sobretudo para com Angola, para além dos acontecimentos históricos comuns na saga de libertação do continente, algo que o próprio comandante Fidel sublinhou em tempo oportuno em plena ONU: a ajuda internacionalista cubana tinha e tem o sentido dum imenso resgate, “de Argel ao Cabo da Boa Esperança”, com o fito de contribuir para arrancar os povos africanos dum passado de trevas e assumir um direito, o direito humano de ter acesso ao desenvolvimento sustentável, em pé de igualdade com todos os povos da Terra!...

A lógica com sentido de vida, nada tem a ver com mercantilismos, nem com os tristes mercantilismos que projectaram no passado colonialismo e escravatura, mas também assimilados e indígenas enquanto “condenados da Terra”, nem os do tempo presente projectados pelas assimilações possíveis com o capitalismo neoliberal e seu cortejo de mercenários e também “diamantários” de ocasião, do após 25 de Novembro de 1975 em Portugal e do após Bicesse (31 de Maio de 1991)!

Para a África Central, os Grandes Lagos, o Congo e a África Austral, foi o Comandante Che Guevara e os que o seguiram à época que, ombro a ombro com os revolucionários africanos do Movimento de Libertação, inauguraram a internacional progressista informal que culminaria com o colapso definitivo do “apartheid” em África, com imensas provas dadas de dignidade, coerência e integridade!

Essa linha de demarcação contribui para mim também para vincar uma fronteira invisível entre o que é do Não Alinhamento activo e o resto, algo que passa pela cultura pessoal do carácter e do comportamento: em relação ao rigor, minha cultura pessoal diz tudo, em relação aos tráficos e à corrupção minha cultura pessoal diz nada e por isso, enquanto patriota e oficial, os combati alimentando as minhas mais perenes e justas convicções!

9- O processo 105/83 não começou com os diamantes!


Ficou visível publicamente um alvo secreto do trabalho da Contra Inteligência Geral da Segurança do Estado, o apartamento do edifício Texaco à Maianga, que havia sido ocupado pelo funcionário e migrante goês (e de nacionalidade portuguesa) do consulado dos Estados Unidos em Luanda (acreditado em função do regime colonial), que dava pelo nome de Raul António Dias, padrinho de casamento de Carlos Fragata.

O goês Raul António Dias tinha migrado para Angola pois era um elemento implicado com o colonialismo português e avesso à tomada de Goa, Damão e Diu pela União Indiana, ou seja, um elemento que para ter uma trajectória que mereceu a integração no Consulado dos Estado Unidos em Luanda, só poderia estar “filtrado” antes de mais pela PIDE/DGS fascista e colonial, dado os sintomas de seu processo migratório!

Nesse apartamento em relação ao qual o Secretário de Estado da Habitação de então, Diandengue, levou uma interessada que o havia denunciado para o ocupar com o suporte público dos serviços de reportagem da ainda Televisão Popular de Angola, estava arrecadado parte do espólio da documentação desse consulado, numa altura (oito anos depois da independência) em que os Estados Unidos ainda não haviam reconhecido Angola…

Dada a ausência do território nacional do Raul António Dias, o afilhado Carlos Fragata e outro cidadão angolano empregado e assalariado para o efeito, o velho Pedro Capita, haviam ficado encarregues de o proteger, sem alguma vez darem oficial, ou oficiosamente a conhecer o recheio que por lá se encontrava.

“Queimado” publicamente pela reportagem da TPA o expediente secreto que a Contra Inteligência levava a cabo em relação a esse enredo, em função do inopinado “curto-circuito” provocado pelo Secretário de Estado da Habitação, ficou em parte comprometido, pelo que não havia outra alternativa senão, entre outras medidas então tomadas, deter os implicados, até por que Carlos Fragata residia no mesmo andar, paredes meias com esse recheio…

Por outro lado, outro frequentador do referido apartamento, Armando Viegas, amigo de Carlos Fragata e seu colega enquanto atleta e jogador de hóquei em patins, foi também detido pois já antes havia sido detectada a sua contínua frequência nesse enredo…

É Armando Viegas que sob interrogatório começa a descobrir a pista sobre os diamantes, denunciando Hadoindo da Silva Correia Miranda, antigo administrador de Cacuso no tempo colonial, como um dos partícipes em tais negócios na altura considerados de ilícitos e, quando se começou a desenrolar o “novelo”, foi através dele que se detectou Fernando Margarido Pires (o “Fernando do Soqueco”) e o “nó” que constituía o então “Stand Univendas”, de que era administrador Fernando Gonçalves Ribeiro de Sousa, irmão de outro traficante, António Augusto Gonçalves de Sousa, “Feroz”, (actual proprietário do Sol Dourado), eles sim traficantes de maior grandeza que na altura se encontravam ausentes de Angola (e por isso foram julgados e condenados à revelia)…

No cofre do “Stand Univendas” a equipa da Contra Inteligência Geral que havia sido colocada nas Operações da Segurança do Estado para instruir o processo 105/83, encontra uma autêntica “bíblia” dos negócios de tráfico ilícito de diamantes correntes daquele grupo (características, peso e qualidade dos lotes, os implicados nos negócios, valores correspondentes a cada transacção, as formas de pagamento, transporte, distintas “moedas de troca”, etc…), com implicações internacionais e por isso recebeu ordens de continuar as investigações “até às últimas consequências” (?)…

As características humanas dessas redes encobertas de negócios, tinham inclusive “experts” ao nível do “velho” Armindo Leitão da Silva, que aos primeiros sinais procurou por todos os meios fazer-se sair de forma clandestina de Angola (tentando corromper homens de mão) em direcção a Portugal, mas não evitou sua detecção por parte dos oficiais instrutores, através de expedientes de contra inteligência que desenvolveram a “contrarrelógio” com vista à sua detecção e captura (algo que se conseguiu em relação a uns, falharia em relação a outros, mas dá ideia do pânico que a acção do 105/83 provocou entre os traficantes “luso-euro-tropicais”)!

10- O 105/83 foi na altura um manancial de referência sobre o tráfico ilícito de diamantes e de moeda, com múltiplas implicações, correspondendo a uma vasta radiografia humana das redes de traficantes da altura e o trabalho levado a cabo pelos oficiais instrutores, possibilitou entre outras pequenas vitórias, diminuir a fluência dum comércio que fugia ao controlo do estado angolano em prejuízo dos seus interesses, da empresa estatal de diamantes e do povo angolano e logicamente pressionar as apetências de corrupção e assimilação que isso recriava nos angolanos!

Foi um trabalho patriótico que provocava por si, sem qualquer dúvida, ondas de choque na sociedade angolana, em várias áreas do país, particularmente em algumas das mais vulneráveis, onde os negócios eram de há muito mais intensos, tudo reflectindo as conexões externas e os seus fluxos cognitivos, inclusive de inteligência!...

Em função desse expediente levado em tempo a Tribunal Popular Revolucionário, no que ao tráfico ilícito de diamantes e de moeda se pôde aperceber, tornou-se possível aferir e avaliar:

Enredos de suporte bancário em vários países (Angola, Portugal, Bélgica e Suíça sobretudo), envolvendo entidades ao nível, dum Union des Banques Suisses e do Trade Development Bank (no caso da Suíça);

Indícios de actividades de conexão a diversas redes de inteligência operando em Angola, Zaíre, África do Sul, Portugal e Bélgica, algumas delas existindo em função de conexões do cartel ao nível dum Maurice Tempelsman e de serviços como os dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Portugal e África do Sul (regime do “apartheid”);

O conhecimento do “modus operandi” dessas redes com implicações em três companhias aéreas: TAAG, TAP e Sabena (esta última a partir de Kinshasa);

Quanto os angolanos eram prejudicados sob o ponto de vista económico e financeiro pela actuação nefasta dessas redes, uma vasta sabotagem aos interesses socialistas nacionais e a algumas das instituições mais sensíveis do país;

Quanto os interesses externos, entre eles dos governos portugueses resultantes do 25 de Novembro de 1975, estavam interessados nesse tipo de enredos clandestinos e desgastantes, até por que através deles além de se auto nutrirem inclusive em termos de recolha de informação, estabeleciam nexos com outros “parceiros” entre eles dos Estados Unidos, do “apartheid” e do clã Mobutu do Zaíre (neste caso inclusive na sua actuação para dentro de Angola, tirando partido dos vales do Cassai e do Cuango);

Quanto os tráficos ilícitos eram um mecanismo de pressão sobre a sociedade angolana no sentido de indelevelmente, através duma sistemática e corrosiva manobra clandestina que permitia a injecção contínua do dólar dos Estados Unidos a corromperem, vulnerabilizando as políticas de rigor dum estado que a todo o transe, segundo o que se assumia publicamente, procurava ganhar orientação socialista.

De facto a operação de desestabilização em curso e que se punha a nu, dava continuidade através de sequelas com múltiplos enredos humanos de assimilação que se arrastavam desde o colonialismo, ao carácter do Exercício ALCORA e por isso não era de admirar entre outras questões, que o acordo secreto entre o colonialismo português e o “apartheid” só muito recentemente tenha começado a ser exposto, tal como o curriculum de inspectores da PIDE/DGS que se passaram para a África do Sul (Óscar Cardoso e Fragoso Allas) e Brasil (Ernesto Lopes Ramos e Rosa Cavaco)!

11- A manobra da acusação de “golpe de estado sem efusão de sangue” que recaiu sobre os oficiais instrutores do processo 105/83 (através do processo 76/86), tem que ver com tudo isso, pelo que me assistiu e assiste o direito e o dever de sublinhar em relação a tudo isso, que “a história me absolverá” e, “quando um dia se fizer luz sobre esse assunto, que seja o MPLA a ganhar com o seu mais que devido esclarecimento”!

Foi precisamente dessa forma que assumi toda a defesa possível da causa que nutria os meus passos, inclusive dentro das prisões por onde passei e depois de condenado, em Bentiaba, quando decidi interromper um discurso perante os reclusos do então Ministro do Interior, camarada Kundiphaima, ainda que sob a mira das armas de sua própria escolta.

É evidente que as ameaças e os riscos se avolumaram depois de 1986, em reforço da subversão e desestabilização de Angola, num crescendo que Bicesse não parou, pelo contrário, contribuiu para incentivar…

Foi nesse húmus que, a título de exemplo, foram fermentando os enlaces entre os clãs familiares de Soares e de Savimbi, antes e durante o choque neoliberal por ele protagonizado, numa autêntica sequela “inteligente” do Exercício ALCORA!…

Esse é um conjunto de razões que, entre outras mais, me leva a ser muito crítico para com o ambiente do Acordo de Bicesse e seus resultados, sabendo que o poder em Angola, perdendo seus aliados naturais que partilhavam os projectos de edificação do socialismo, ficava à mercê de interesses que fomentavam a contínua fragilidade e vulnerabilidade da sociedade angolana, incluindo nas suas “transversalidades”, podendo abrir espaços e fracturas inclusive a correntes que podiam estar (e continuam a estar) tentadas à eclosão, entre outros fenómenos mais recentes, duma “revolução colorida”, ou “primavera árabe” em Angola!

Todos os processos “transversais” de longa duração contra Angola reflectem a “transversalidade” clandestina referente aos infindáveis negócios com diamantes e outras riquezas naturais de Angola, não sendo alheios a isso os sucessivos grupos da FLEC, ou o Protectorado Lunda Tchokwe, que se atirou de forma tão ignóbil, mentirosa, alienada e ideologicamente diversionista contra os oficiais instrutores do 105/83, entre eles eu próprio.

Outro fenómeno que se prende a isso é a migração ilegal proveniente do Sahel via RDC que penetra principalmente ao longo do curso internacional do Cuango e em direcção sul, para dentro da bacia do Cuanza, afectando directamente as províncias de Malange, das Lundas e do Bié e indirectamente outras mais, Luanda incluída!

Os tráficos de toda a ordem, envolvendo quantos deles o que se prende à clandestinidade dos negócios de diamantes, são registos muitas vezes “behind the scenes”, que contribuem para a complexidade dos enredos dos fenómenos sócio-políticos e humanos.

Por isso não poderia ser eu a contribuir ainda mais para essa desestabilização com enlaces cujos húmus conhecia tão bem, pelo que decididamente defendi e defendo o presidente José Eduardo dos Santos e o seu exercício, numa época que ele teve de enfrentar tantos desafios, tantos riscos, tantas armadilhas, ingerências, manipulações, fragilidades e vulnerabilidades, sabendo de antemão que o tempo do silêncio (que durou praticamente mais de 30 anos) iria um dia acabar e as razões de estado, as razões que assistem a Angola, voltariam a impor-se por si: “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”!...

Martinho Júnior - Luanda, 13 de Janeiro de 2018

Ilustrações:
As quedas de água de Tazua, no rio Cuango;
Passaportes angolanos, instrumentos indispensáveis para os “nós” do sistema de redes humanas dos negócios clandestinos de diamantes, cujos expedientes podem afectar os Serviços de Emigração e Fronteiras;
Garimpeiros ilegais que infestam rios como o Cassai, o Cuango e o Cuanza, assim como seus sistemas de afluentes e subafluentes;
Minha Declaração de Liberdade pondo fim a 5 anos de injusta prisão… “A história me absolverá”!;
Os diamantes aluviais possuem normalmente um máximo de 5 karats e os do Cuango são quase sempre de um amarelo-limão.

Referências:
Diamantes: um muito sensível indicador social para Angola – I – http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/01/diamantes-um-muito-sensivel-indicador.html
PROCESSO 105 (1985), FIM DO PODER ECONÓMICO DO POVO LUNDA TCHOKWE – http://paginaglobal.blogspot.com/2012/08/processo-105-1985-fim-do-poder.html

2 comentários:

Unknown disse...

Martinho sou neto do Armindo Leitão da Silva e se algum dia desejar eu queria poder entender um pouco mais sobre o processo, já que na minha familia o mesmo foi fechado a 7 chaves. Obrigado

Anónimo disse...

Como não tem identificação no seu comentário, sugiro que diga o seu nome e dos seus pais.
Eu também sou neto, mais velho de Armindo Silva, filho de Armindo Silva Junior.
A prisão ou a vida do meu avô não é segredo nenhum, muito menos esta fechada em sete chaves. Se pretender eu posso contar lhe o que sei, sem filtros, os filhos, alguns ainda estão vivos, por isso contacte a família, como neto que diz ser não deve recear qualquer aproximação ou contacto, venha ter com a família.
Escusa de ouvir ou ler coisas que podem não ter verdades e basearem se em interesses políticos, ouça da família.
E já agora, como diz ser neto de Armindo Silva, querendo ou não é meu primo directo.
Um abraço
Jorge Sá Silva

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