quarta-feira, 29 de abril de 2015

Angola. Genocídio contra a igreja adventista Nova Luz do Mundo do pastor profeta Kalupeteka



Albano Pedro* – Folha 8 digital (ao)

A igreja Ad­ventista Nova Luz do Mundo sobretudo o seu Profeta/Pastor Ka­lupeteka já vem a pregar há sensivelmente 12 anos. Tempo durante o qual pro­tagonizou acções que colo­cou a igreja e o seu Pastor isolado do senso comum devido a:

Reprovava o dízimo e umas séries de princípios doutri­nários da Igreja Adventista do Sétimo Dia de onde é originário e doutras igrejas o que gerou controvérsias.

Reprovava o culto aos an­tepassados praticado entre os ovimbundo que consiste em render homenagem e culto aos crânios dos sobas (akokotos). O que lhe colo­cava contra a cultura e as autoridades tradicionais.

Sensibilizou seus crentes a não aderirem em eventos públicos como senso po­pulacional, campanhas de vacinação contra a polio­mielite e participações em eventos políticos (tal como fazem as testemunhas de jeová.

RELAÇÃO COM ESTADO-GOVERNO DO HUAMBO

Pela capacidade de mobili­zação e comunicação fora convidado pela Direcção Provincial da cultura para ser inserido na folha de salário dos funcionários e a auferir 280 mil kwanzas oferta de que recusou pron­tamente.

O Governo Provincial ofereceu-lhe 3 carros em três diferentes momentos e que o último dos quais se encontra ainda novo (land­-Cruiser V8 bi-turbo) rece­beu as ofertas mas nunca as utilizou e nunca com isto al­terou o seu discurso profé­tico mas nunca falou contra o Estado e nunca se relacio­nou com partidos políticos.

INTERVENÇÃO MILITAR NA SEQUÊNCIA DO MANDADO DE CAPTURA INSTRUÍDO PELA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA DO BIÉ CONTRA O PROFETA KALUPETEKA

Dia 16 pela manhã, o Co­mando da Polícia de Inter­venção Rápida-PIR fora solicitado a preparar “Ho­mens Especiais” para captu­rar de forma rápida (cirúr­gica) o Profeta Kalupeteka numa intervenção de Inte­ligência e Contra-inteligên­cia. Para tal informaram o Comandante Municipal da Caala da Policia Nacional e o Delegado Municipal dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado a criar condições (preparar milita­res especiais) para actuar de acordo com o Mandado.

Alinhou-se duas companhia de Polícia de Intervenção Rápida. Seleccionou-se os melhores em duas técnicas: Antim-Distúrbios (aque­les preparados para actuar na cidade com meios não­-letais tais como bombas de gás lacrimogénios, escudos, cassetetes, porretes) e An­tim-Terror (aqueles prepa­rados para matar de todas as formas possíveis cujo lema é: “do inimigo nunca deve sair resposta” o que significa devem parar de disparar quando notar que não existe mais nada que respire. Essas duas compa­nhia, aproximadamente 100 homens bem equipados foi apoiado com o posto co­mando onde se encontrava o Comandante municipal da Policia Nacional da Caa­la. O Chefe das Operações, o Instrutor Principal da PIR entre outros num total de 12 elementos. Seguiram.

O Delegado Municipal do SINSE/SINFO ofereceu­-se a ir sozinho embora na entrada tenha sido acom­panhado pelo Chefe da Po­licia do Posto do Km25. “ na frente” infiltrando-se na Igreja a fim de sensibilizar que virá uma visita de po­licia que trará uma missão de paz por isso sejam bem recebidos. E que ele iria se apresentar como crente da mesma Igreja.

O acampamento do Pastor Kalupeteka e seus crentes era constituído por casas de adobes, casebres em formatos de tendas, casa do Pastor Kalupeteka, ca­sas protocolares, armazéns de alimentos, armazéns de mobiliários incluindo arcas, parque de estacio­namento de carros e mo­torizadas, duas lagoas em forma de barragens, um centro médico, uma indús­tria moageiro, um caterpílar conhecido como “máquina escavadora”. Tudo no meio de arbustos na montanha do SUMI, onde até ao iní­cio da guerra peregrinava aproximadamente três mil populares entre homens, mulheres e crianças, mas estavam a chegar mais peregrinos provenientes de diferentes pontos do Planalto Central, para em vigília meditarem sobre os acontecimentos do Bié e Benguela e viverem em recolhimento e alerta.

Quando as duas compa­nhia da PIR em prontidão combativa se aproximou do sopé da montanha, numa distância de 400 me­tros, verificou um silêncio total como se o acampa­mento estivesse desabita­do. Ai a polícia abriu uma coluna por dois (duas filas paralelas). Em forma de emboscada. O Delegado do SINFO acompanhado do chefe da policia da aldeia Kilometro 25 semi-afitrião (suspeita de ser membro da igreja do Kalupeteka porque miraculosamente saiu vivo entre as chefias e ninguém lhe viu por onde passou) penetraram no acampamento com seus carros normalmente. E vol­vidos 45 minutos, o posto comando liderado pelo Comandante Municipal da Caala da Polícia também passaram no meio da Poli­cia com seu carro DODGE carregados do pessoal de comando, e informaram que o homem do SINFO que está já dentro da Igre­ja ligou pedindo a compa­rência do Comandante lá dentro e os oficiais que o seguiram para conversar com os lideres religiosos que assim solicitaram, por­que o ambiente dentro do acampamento era de paz. La entrou o comandante com seus acompanhantes num total de 10 mais todos armados e equipados; os 2 que já estavam dentro so­mariam assim 12 elementos transportados em 2 carros. Mais 40 minutos por volta das 14 horas, não havia notí­cia dentro do acampamen­to sobre o suposto diálogo enquanto a PIR aguardava nos arredores formando um V com seus escudos; então mais 4 agentes espe­ciais de assalto entraram a fim de capturar à força o Kalupeteka que nenhum deles conhecia em pessoa o que implicaria perguntar no meio da multidão quem era de facto o Kalupeteka.

Na tentativa de algemar a força o Kalupeteka e alguns dirigentes religiosos lá den­tro, azedou a confusão no acampamento. Quando os primeiros agentes da linha da frente se aproximaram viram os homens civis ba­tendo com paus nos 4 últi­mos agentes especiais sem notar a presença da chefia o que se supunha que os chefes estariam feito re­féns no interior das casas.

Verificado que 4 agentes especiais estavam a ser ba­tidos já deitados no chão, semi-mortos, então os PIR abriram fogo, disparando e avançando, munidos de escudos para resgatar a chefia que tinha sido feito reféns dentro das casas no interior do acampamento.

O MASSACRE

Os disparos foram direc­cionados em cada pessoa (cada tiro numa pessoa: ho­mem ou mulher ou crian­ça) regava-se igualmente nos milheiros e nos capins Nenhum tiro era dispara­do pela parte dos crentes. De repente os crentes co­meçaram a cantar can­ções da Igreja gritando: “ a nossa arma é a Bíblia, o nosso protector é Jesus o que mais aumentava a rai­va dos agentes da Polícia que disparavam sem parar contra as cubatas, as casas, avançando contra pessoas que caiam e não fugiam. Continuavam gritando “Vo­cês nos matam com armas e nós vos matamos com Bíblia.” Esses slogam me­teram tanto medo a polícia que entendeu que são todos à prova de balas. Porque es­tavam a morrer muito mas não recuavam e avançam homens e mulheres contra a polícia, gritando, cantando as canções da igreja em voz muito alta. Uns morriam, outro caíam feridos mas continuavam a progredir cantando evocando Jesus Cristo e a Bíblia deles, até que encostaram na barrei­ra da polícia e arrancaram dois policiais, lhes cortaram as cabeças no meio doutros polícias que disparavam sem parar. O Chefe das Operações da Policia co­mandante da 3ª Companhia, quando notou a bravura dos Crentes sem armas apenas paus, catanas, enxadas e Bí­blias nas mãos deu ordem para a polícia recuar e pedir o reforço das FAA. Foi in­sultado e ninguém acatou a ordem continuaram matan­do mas recuando a pouco e pouco. Porque nunca mais acabavam de morrer e não fugiam.

Depois de 1 hora, chegaram 2 camazes (caminhões mi­litares) das FAA, que tec­nicamente estavam melhor equipados e mais prepara­dos para guerra. Dirigidos pelo Brigadeiro Hiorque e pelo Coronel Paulo César da repartição de Contra­-inteligência Militar. Abri­ram fogo com armas so­fisticadas, dispararam por todas as direcções primeiro usando o morteiro 82 mm, o lança-róquete RPG-7 e o Z.U-4. Dispararam rente com PK-M (as balas rasa­vam quase cortando capim que se alguém está deitado apanha tiro na mesma e que só escapa quem está no bu­raco). A chuva de fogo foi tanto que as canções reli­giosas começaram a afrou­xar e a pararem um pouco e já não cantavam mais em uníssono mas ainda nas cubatas saiam algumas can­ções e os outros começa­vam a fugir levando alguns mortos e arrastando alguns feridos. Que se começou a retirada do movimento re­ligioso em direcção ao Les­te e Sudeste, nas margens do rio Kunhoñgamwa e presume-se que foi a altura em que Kalupeteka saiu do acampamento.

TRÉGUA E REINICIO DA GUERRA

O massacre continuou até 18 horas. Mas os homens crentes ainda gritavam o nome de Jesus e gritavam chamando a polícia de que viesse buscar os corpos dos vossos chefes. Por favor parem de disparar chegue aqui dentro do acampamen­to retirar os vossos chefes.

Entrou-se no Acampamen­to mas disparando, e estava a ficar escuro que os corpos eram espalhados por todo lado e não se conseguia distinguir quem eram os da polícia mortos no meio dos crentes mortos. Começou­-se a iluminar com telefones e viu-se que o Homem do SINFO foi cortejado e deita­do ao lado do carro dele. O Delegado da Policia da Caa­la foi cortado metadinhas e deitado ao lado do carro dele. Os outros foram todos cortados mas as armas de­les não foram tocadas pelos crentes; cada morto esta­va deitado com arma dele ao lado com suas algemas na cintura com todos os equipamentos e os crentes encontrados feridos mas vivos perguntados porque não usaram as armas dis­seram que a nossa arma é Jesus Cristo e a Bíblia.

Enquanto reconheciam os corpos, encontraram uma fila enorme de mortos amontoados, que nas me­didas em que foram cain­do, os crentes conseguiram tapar com panos e lençóis abandonados. Quando a po­lícia e as FAA destaparam os corpos, afinal estavam misturados entre mortos e feridos. Descobriram que alguns estavam a olhar e a respirar. O Chefe Pin­to (chefe das Finanças da PIR-Huambo) mais alguns agentes com raiva, pega­ram em catanas cortejaram aqueles feridos e dispara­ram novamente em cada morto para se certificar de que tinham mesmo morri­dos depois de se abrir fogo por cima daqueles corpos, continuaram disparando. Começou-se novamente a luta corpo-tiro porque nas cubatas havia mais crentes que não fugiram estavam debaixo das camas, nos cantos como ratos “ pala­vras dos militares.” E estava escuro e a polícia continua matando mas tendo tam­bém baixas. E mandaram reforço pela segunda vez e já era noite. Passou-se a noite lutando entre apalpa­delas até de manhã do dia 17 o que permitiu que muitos mortos e feridos tivessem sido evacuados pelos Cren­tes fugitivos.

AMANHECEU UM NOVO DIA DE SANGUE

As FAA avançaram para Leste e Sudoeste, perse­guindo os fugitivos que car­regaram mortos e feridos de mulheres e crianças. As companhias da PIR rece­beram reforço da Brigada Motorizada. Amanheceu e verificou-se que os chefes todos tinham sido mortos a catanadas mas o coman­dante da Policia da Caala tinha sido primeiro atingido por um tiro perdido prova­velmente disparado pelos colegas da PIR que lhe atra­vessou o olho furando para nuca porque os crentes en­contrados vivos não toca­ram nas armas em nenhum momento mas sim catanas, machados, picaretas. Mas o comandante foi também cortado para além do tiro perfurando o olho.

Enquanto se recolhia os corpos, e identificando os chefes avançou-se abrindo cubata a cubata encontra­va-se ferido vivos. O Che­fe Pinto (das finanças cuja gula de assassinato os ou­tros colegas admiraram e disseram: nunca sabia que o chefe Pinto era tão assas­sino!) orientou que não va­mos mais disparar, pegaram em catanas e machados dos Crentes foram cortejando todos os feridos de homens, mulheres e crianças encon­trados nas cubatas mas con­tinuavam a cantar e a citar Jesus Cristo só paravam de cantar quando dão o último suspiro. Encontraram um grupo de jovens com per­nas partidos, outros feridos e não conseguiam andar. Fi­caram fechados numa casa pelos Crentes que fugiram. Quando foram perguntados se tem armas eles disseram que somos cristãos e ma­tamos com Bíblia e a nossa arma é Jesus Cristo; esta­mos dispostos a morrer por Jesus Cristo. Então o Chefe Pinto pediu para lhe ofere­cerem os jovens e o grupo aceitou imediatamente lhes disse assim. Como mataram nossos chefes com catana é com catana que vamos vos matar também. Aí começou a lhes cortejar até que todos morreram.

Ao lado da Casa do Kalu­peteka, que era a casa mais sumptuosa, havia um posto medico. Entraram e encon­traram um depósito cheio de medicamentos que en­che talvez um caminhão. Encontraram no interior do posto médico os feridos vivos e escondidos aí. To­dos foram massacrados aí mesmo e os medicamentos foram todos removidos e enviados para o comando.

O SAQUE DOS BENS DOS CRENTES

Kalupeteka possuía 7 carros incluindo o land-Cruiser Bi-Turbo que lhe havia oferecido o Governador do Huambo. Possuía um caterpillar “máquina esca­vadora” um gerador indus­trial que fornecia luz no acampamento. O caterpilar e 2 carros incluindo carri­nha mitsubishi canter e o gerador eletrico industrial os agentes os incendiaram imediatamente.

A brigada motorizada es­teve com sorte: Encontrou o COFRE da Igreja onde estava depositado todo o dinheiro que talvez vinha de diferentes pontos do País. Havia 4 maços grosso só de Dólares Americanos e o resto eram montanhas de notas de 5000 kwanzas, 2000 kwanzas e se dividi­ram felizes e muitos leva­ram 500 mil cada outros 1 milhão cada etc.

O Land-cruiser Bi-turbo está a ser disputado entre o comandante da viação e trânsito e o comandante da PIR que o querem já que é novo apenas partiram os vi­dros com tiros.
Encontrou-se uma quanti­dade de arcas para frescos, foram todos evacuados para a unidade da PIR.

Encontrou-se muita fuba, feijão e outras comidas e uma enormidade de água mineral. O comandante da PIR deu ordem para eva­cuar tudo para a UNIDADE da PIR. E eles constaram que os Crentes do Kalu­peteka viviam bem. Nas próprias palavras da tropa “aquele filho da mãe sabia mimar o povo dele e era muito amado tipo Savimbi” ainda dizem: Kalupeteka ti­nha 80 meninas bonitas de protocolo que sempre que recebia visita essas meni­nas é que tratavam e cuida­vam da visita”.

Encontrou-se muitos dis­cos de músicas, malas de roupas, cobertores, lençóis e muitos cabritos, alguns acabavam de chegar com os novos peregrinos de ou­tros pontos do País. Orde­naram queimar tudo.

Encontraram uma manada de burros (tipo cavalos) e levou-se tudo para Caala.

Encontrou-se computado­res portáteis, telefones e um montão de recargas da UNITEL e da MOVICEL, se dividiram todos e cada um levou seu quinhão para casa.

Encontrou-se perto de 550 motorizadas de várias mar­cas, o comandante mandou queimar tudo, mas apenas queimou-se umas 30 mo­tos o resto como é novo foi aproveitado pelas forças se­cretamente que estão a ser trazidos para a cidade.

CAPTURA DO KALUPETEKA

Kalupeteka não fugiu, fo­ram andando normalmen­te com feridos e mortos evacuados e foi apanhado pelas FAA na aldeia de NGONGOWINGA que fica há 20 minutos do aeropor­to do Huambo, já quase na cidade. • Kalupeteka se fosse apanhado pela PIR seria morto na hora mas pelo facto de ser apanhado pelas FAA está considerado como altamente perigoso e sob custódia.

A Igreja do Kalupeteka está considerada como um mo­vimento político-militar a ser perseguida e dizimada cujos crentes são declara­dos inimigos do Estado que devem ser eliminados.

BALANÇO MILITAR DA ACÇÃO

Pelo facto de morrer 8 ofi­ciais e com muitas baixas não declaradas públicas que exigiu reforços então o ba­lanço final é de que a Polícia perdeu a batalha.

A polícia entendeu que as FAA estão melhores prepa­rados para guerra do que a polícia normal.

Declarou-se o Huambo como a província altamente perigosa que devem ter ou­tro tipo de tratamento dife­rente das outras províncias.

RECOMENDAÇÕES/ORIENTAÇÕES DO COMANDO GERAL DA POLÍCIA NACIONAL NA VOZ DO 2º COMANDANTE PAULO GASPAR DE ALMEIDA EM REPRESENTAÇÃO DO COMANDANTE GERAL AMBRÓSIO DE LEMOS

O segundo comandante geral da polícia Paulo de Al­meida, na parada do dia 20 ou 19 orientou:

A polícia deve fazer bus­cas clandestinas em hospitais, clínicas e centros mé­dicos públicos e privados localizar os feridos alveja­dos e uma vez encontrados são Kalupetekas e devem morrer lá onde forem en­contrados;

A polícia deve fazer buscas nos bairros e aldeias locali­zar os óbitos e apanhar as pessoas e mata-las sem dó.o Os Kalupetekas são consi­derados inimigos do Estado e indiciam ser movimento de guerrilha que pretende inviabilizar as eleições de 2017 por isso devem ser totalmente destruídos por isso, nos próximos 6 meses, os helicópteros da polícia e os meios das FAA deverão patrulhar as montanhas, as aldeias, as matas e destruir os grupinhos que tentam se reorganizar.
  
Todos os actos de mani­festações, desobediência as autoridades devem ser respondidas com balas em todo o território nacional, o que significa que a PIR dei­xa de usar técnica anti-dis­túrbio (gás lacrimogénio e porretes) e passa a usar apenas técnica anti-Ter­ror (matar directamente). Quando houver qualquer actividade que precise de intervenção da polícia, a li­nha da frente leva escudos e bombas de gás lacrimo­génio como simulação mas atras deverá vir uma linha de anti-terror altamente armada que deverá fazer o trabalho de limpeza em qualquer ponto.

Os agentes da polícia todos quer simples quer oficiais deverão beneficiar de re­forços com novas técnicas e estar munidos de pistolas e qualquer cidadão que de­monstrar atitude de desaca­to às autoridade nos bairros onde o agente mora não deve discutir apenas dispa­rar mortalmente.

Depois desses dias com a Igreja do Profeta Kalu­peteka, a Polícia entra em nova fase da história opera­tiva militar, não poderá ja­mais tolerar, mesmo na via pública, qualquer desacato deverá ser respondida com a força matando.

o Fazer o mapeamento no Huambo em 5 rectos (zo­nas de reconhecimento permanente) onde as FAA devem se coadjuvar com os PIR com nova técnica que vira da UAT-Unidade Anti­-Terror e do Delta, para pa­trulhar todos os cantos do Huambo.

ORIENTAÇÕES ACATADAS

No dia 20 de Abril, os heli­cópteros sobrevoaram os municípios do Londuim­bali e Ekunha e afirmam que dispersaram os grupos identificados com KALU­PETEKA.

Ontem as FAA na COMU­NA da CATATA em 7 di­ferentes localidades encon­traram os crentes da Igreja do Kalupeteka cavando trincheiras e com muitos tiros foram rechaçados dei­xando no terreno mortos.

Na Praça da “Alemanha” foram capturados várias pessoas identificadas com a Igreja do Kalupeteka por comercializarem seus dis­cos e foram todos apanha­dos cujo paradeiro será da decisão militar e não judi­cial.

Os oficiais da Policia mor­tos também possuem pa­rentes pertencentes a Igreja do Kalupeteka igualmente mortos e por isso existe um descontentamento gene­ralizado e confuso por isso teme-se traições quer na polícia quer no povo o que deverá aumentar vigilân­cia, desconfiança e melho­ramento dos serviços de inteligência e contra inteligência.

Muitos chefes locais serão exonerados nos próximos dias e melhorar a relação entre a PIR e as FAA como se fazia em tempo de guerra no Huambo.

Finalmente aos Kalupeteka não se deve dar trégua de chorarem seus mortos nem curar seus feridos. Que morram onde forem encon­trados.

Todo o que for encontrado na via pública vestido com características dos Kalupe­teka deve ser apanhado e morto. Os Kalupeteka têm senha e são de fácil identifi­cação devido a igreja e esse trabalho deve merecer res­posta adequada.

AS VALAS COMUNS

O balanço provisório apon­ta para 1080 mortos entre crianças o que corresponde a 50,5 % da população que estava no local.

A tropa ocupou o local para servir de unidade militar como forma de esconder as valas comuns cavadas onde entulharam os corpos.

Na noite de dia 21, 22 e 23 estão a desenterrar os cor­pos para serem clandes­tinamente transladados para outro município do Longonjo na zona do Lepi onde serão enterrados e valas comuns em pequenas quantidades.

O Governo pretende trans­ferir as tropas do NGOVE para o Local a fim de per­manentemente ocultar as valas comuns e as ossadas que serão encontradas em toda a parte.

Lançou-se uma campanha de perseguição e elimina­ção de todos os adeptos da Seita religiosa.

*Ativista dos direitos humanos no Huambo


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