segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Portugal: Três perguntas que ninguém parece querer fazer sobre o “novo banco”




Francisco Louçã – Público, opinião, em Tudo Menos Economia

Durante o fim de semana, deu-se o milagre: alguns comentadores terão recebido um telefonema cordial do ministério das finanças a dar a cada um, em primeira mão e em total exclusivo, os detalhes explicadinhos da engenharia financeira que o Governador haveria de anunciar às 22.53 deste domingo, no meio da sua enxurrada de autojustificações.

O telefonema foi simpático, mas esqueceu-se de dar três detalhes, e os destinatários, encantados com a distinção, parece que não perguntaram.

Primeiro detalhe: os bancos que se responsabilizam pelo empréstimo da troika ao Fundo de Resolução não exigem uma garantia do Estado? Quem acredita que Ulrich ou Amado vão tirar as castanhas do lume dos Espírito Santo, arriscando os seus próprios bancos, que levante a mão. Se, além disso, acredita que estes bancos esperam em seis meses recuperar o valor (para ser logo depois ser vendido a um novo proprietário que lhes vai disputar o mercado) de um banco de que tanta gente vai tirar os depósitos na 2ªf de manhã, então merece ser santificado. O Estado, ou seja, as nossas carteiras, vai dar a garantia. Vamos ter de pagar.

Segundo detalhe: os credores que foram exilados no “banco mau”, mas que fizeram operações com o BES, o tal banco de dois milhões de depositantes, vão aceitar agora perder o seu dinheiro sem levarem a tribunal o Estado ou o “novo banco”? E os pequenos accionistas? Vamos ter de pagar, se a coisa corre mal.

Terceiro detalhe: nos empréstimos com dinheiro da troika ao BCP e BPI, o Estado ficava com acções do banco (embora fossem acções especiais com direitos diminuídos) e tinha ainda assim uma palavra nas suas operações. Agora, vai emprestar a um Fundo que não tem recursos próprios, entrega o controlo da coisa aos outros bancos e não tem uma palavra a dizer sobre a condução e estratégia das operações financeiras. É dar o ouro ao concorrente do bandido.

Qual o prazo, quais os juros, quais os contratos, quais os despedimentos, tudo isso é mistério. Mas as três perguntas que não ficaram respondidas é que vão custar muito caro aos contribuintes.

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Portugal: Garantias de que contribuintes estão 'livres do BES' são "falsas" – Megan Green




A economista e colunista Megan Greene, que se tem debruçado nos últimos anos sobre a crise das dívidas nos países sul-europeus, considera que serão “falsas” quaisquer afirmações que sugeriam que os contribuintes não serão prejudicados pelo resgate ao BES.

Para Megan Greene, economista-chefe da consultora Maverick e cronista da Bloomberg, os contribuintes nacionais não irão escapar às consequências do resgate ao Banco Espírito Santo
.
Recorde-se que o banco privado será dividido em ‘banco mau’ e em ‘banco bom’, estimando-se que virá a necessitar de quase cinco mil milhões de euros para se capitalizar. Este domingo à noite, governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, anunciou a solução para o BES, com o Governo, através de um comunicado do Ministério das Finanças, a afirmar que os contribuintes não terão de suportar quaisquer custos.

E é sobre esta questão que surgem as dúvidas de Megan Greene. Num comentáriode que o The Guardian dá conta, publicado na rede social Twitter, Megan Greene considera que o resgate ao BES é “assustadoramente”  parecido com os resgates à banca irlandesa, “embora numa escala muito menor”. A economista acrescenta que serão “falsos” quaisquer comentários que sugiram que os contribuintes estão ‘livres’ da situação.

Na sua conta no Twitter, a cronista da Bloomberg dá também destaque a um artigo da autoria de Claire Jones, artigo esse que tem como título ‘Como roubar um país, ao estilo do Espírito Santo’ ('How to rip off a country, Espirito Santo style', lê-se no título original). Claire Jones já tinha escrito para a revista Forbes sobre a crise no banco privado.

Num outro tweet, em resposta a uma pergunta sobre o que mais receava, Megan Green foi taxativa relativamente ao que teme: "Que os custos sejam socializados em Portugal, implicando mais austeridade para reduzir a dívida pública".

Notícias ao Minuto

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Ministério Público timorense acusa ministra das Finanças de alegada gestão danosa




Díli, 04 ago (Lusa) - O Ministério Público Timor-Leste acusou a ministra das Finanças, Emília Pires, de alegada gestão danosa e participação económica em negócio, disse hoje à agência Lusa fonte oficial.

"A ministra foi acusada de alegada gestão danosa e participação económica em negócio", disse a mesma fonte, acrescentando que o caso está relacionado com a aquisição de camas para o Hospital Guido Valadares.

Segundo a fonte, a ministra foi notificada no passado 25 de julho e o caso envolve ainda a antiga vice-ministra da Saúde Madalena Hanjam.

"Ambas estão sob termo de identidade e residência", disse.

O ano passado, a ministra das Finanças timorense tinha já sido ouvida pela Comissão Anticorrupção no âmbito daquele processo.

MSE // JCS - Lusa

Ministra das Finanças timorense rejeita acusação "falsa e sem fundamento"

Díli, 04 ago (Lusa) - A ministra das Finanças de Timor-Leste, Emília Pires, considerou hoje "falsa e sem fundamento" a acusação deduzida contra si pelo Ministério Público de alegada gestão danosa e participação económica em negócio.

"No dia 25 de julho fui notificada da acusação deduzida contra mim pelo Ministério Público por dois crimes que não cometi. Rejeito veemente a acusação, que é falsa e não tem qualquer fundamento", afirmou Emília Pires, numa declaração à imprensa proferida em português e tétum.

Emília Pires ocupa a pasta das Finanças em Timor-Leste desde 2007, tendo sido reconduzida no cargo após as eleições legislativas de 2012.

"Toda a gente sabe que nos últimos anos, especialmente nos últimos dois anos, tendo sido alvo de uma campanha para destruir o meu nome, a minha reputação e o meu trabalho e consequentemente o próprio governo", afirmou Emília Pires.

Apesar de nunca ter feito declarações à imprensa sobre a investigação, a ministra das Finanças disse que decidiu falar porque quando foi notificada tomou conhecimento de "várias irregularidades graves no processo, algumas inconstitucionais".

"Em primeiro lugar, nunca fui interrogada, nunca tive oportunidade de apresentar a minha versão dos factos", afirmou, sublinhando que de acordo com o Código Penal o seu interrogatório é obrigatório.

"Assim, apenas foi apresentada ao tribunal uma parte da história, que não corresponde à realidade", afirmou.

Em segundo lugar, segundo a ministra, em novembro de 2013, apresentou um "incidente de suspeição contra um dos comissários adjuntos da Comissão Anticorrupção", responsável pela investigação do processo, devido à falta de imparcialidade e objetividade.

A ministra das Finanças esclareceu que decidiu apresentar um "incidente de suspeição" porque o comissário adjunto terá feito declarações públicas à comunicação social onde demonstrava "claramente" que já tinha "formado a sua convicção sobre o caso", apesar de ainda decorrer a fase de inquérito.

"Este caso foi enviado para o Ministério Público e, nessa altura, estava à espera que me chamassem, mas não o fizeram. E sem resolver primeiro o incidente de suspeição e me interrogarem acusaram-me. Isto é muito grave", salientou.

Emília Pires disse ainda esperar que o tribunal "lide com o processo de uma forma diferente, que respeite a lei e os direitos dos arguidos e faça justiça, sem ceder a pressões externas, política ou outras".

No final, a ministra pediu também à imprensa para acompanhar o processo e relatar a verdade, disponibilizando-se para transmitir informações sobre o andamento do processo.

Questionada pela agência Lusa se na sequência da acusação apresentou o pedido de demissão, a ministra afirmou que continua em funções.

"Os factos falam por si. Hoje dia 04 de agosto estou aqui. Há muitas especulações e rumores", sublinhou.

MSE // JCS - Lusa

Xanana reúne-se durante três dias com membros do governo timorense para debater remodelação




Díli, 03 ago (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, vai reunir-se entre segunda e quarta-feira com membros do Governo e diretores nacionais e gerais dos ministérios do país para debater uma remodelação no Executivo, informou hoje fonte governamental.

Segundo a mesma fonte, o encontro vai servir, também, para identificar desafios e encontrar soluções para o futuro do país.

O encontro ocorre depois de o Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), partido presidido por Xanana Gusmão, ter estado reunido e recomendando uma remodelação governamental, bem como a permanência do atual primeiro-ministro no poder até ao final do mandato para fazer a transição política e de poder para a nova geração.

Xanana Gusmão, reeleito primeiro-ministro nas eleições legislativas de 2012, têm afirmado à imprensa a sua intenção de abandonar o cargo, mas hoje admitiu, num discurso proferido enquanto presidente do CNRT, ter decidido pela remodelação e não pela resignação.

Apesar da resolução aprovada pelo CNRT, caberá ao primeiro-ministro decidir o tempo necessário para a transição política e de poder para a nova geração.

O atual governo de Timor-Leste é composto por 55 elementos.

MSE // JLG - Lusa

Aprovada remodelação governamental em Timor-Leste e permanência de Xanana Gusmão até 2017




Díli, 03 ago (Lusa) - O Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, no poder) aprovou hoje uma resolução que estabelece um período de transição para a saída do primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, e uma remodelação no atual governo.

"O partido recomendou que o primeiro-ministro chegue até ao final do mandato (2017) para preparar a nova geração e é preciso também remodelar o governo para responder às exigências", disse à agência Lusa no final do encontro o secretário-geral do partido, Dionísio Babo.

Segundo Dionísio Babo, a decisão sobre o tempo determinado para a transição política para a nova geração será, contudo, decidida pelo primeiro-ministro, que hoje afirmou, numa intervenção enquanto presidente do partido, ter decidido pela remodelação e não pela resignação.

Sobre a remodelação governamental, Dionísio Babo disse que foram feitas recomendações para a diminuição do tamanho do atual governo, que tem 55 membros, mas "cabe ao primeiro-ministro decidir".

Questionado sobre se a remodelação é para ser feita de imediato, o também ministro da Justiça afirmou que sim, porque é "preciso responder às exigências dos eleitores e da população em geral".

"Este governo é muito 'gordo' e não é muito eficaz por causa da burocracia e não está a responder efetivamente em termos de prestação de serviço ao povo", disse, acrescentando que alguns membros do governo têm "má imagem".

Desde final de 2012, Xanana Gusmão tem reafirmado a sua intenção de abandonar o cargo de primeiro-ministro.

Em julho, em entrevista à agência Lusa, o primeiro-ministro de Timor-Leste disse que vai sair do Governo para contribuir melhor para a construção do Estado, mas evitou avançar uma data precisa para a sua demissão.

Em 2012, Xanana Gusmão formou um governo de coligação com o Partido Democrático, liderado por Fernando La Sama de Araújo, atual vice-primeiro-ministro, e a Frente Mudança, chefiado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres.

Xanana Gusmão, de 68 anos, foi um dos líderes da luta contra a ocupação indonésia de Timor-Leste, entre 1975 e 1999, que culminou com a realização de um referendo a 30 de agosto de 1999, que determinou a independência do território.

A 20 de maio de 2002, dia da restauração da independência do país, tomou posse como Presidente. Em 2007, tomou posse como primeiro-ministro e em 2012 foi reconduzido no cargo.

MSE // JLG - Lusa

ONU coloca Timor-Leste como país de desenvolvimento humano médio -- governo




Díli, 04 ago (Lusa) - O Governo timorense considerou hoje que se têm registado "constantes progressos" em Timor-Leste, depois do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) ter colocado o país na categoria de desenvolvimento humano médio.

"Apesar de uma só medida não nos poder fornecer o quadro completo, o que podemos verificar através de vários conjuntos publicados em 2014 é que para Timor-Leste se desenha um quadro positivo de bastantes progressos", afirmou, em comunicado, o ministro de Estado e da Presidência de Conselho de Ministros, Agio Pereira.

A semana passada foi divulgado o Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD que coloca Timor-Leste na 128.ª posição entre 187 países nos resultados alcançados ao nível de vida longa e saudável, nível de conhecimento e padrão de vida adequado.

"Em 2013, Timor-Leste estava classificado em 128.º lugar, o que retira Timor-Leste da categoria de país com Desenvolvimento Humano Baixo elevando-o a um país com Desenvolvimento Humano Médio, juntamente com África do Sul, Índia e Indonésia", salienta o governo timorense.

Segundo o governo, o progresso do país tem sido "constante", já que em 2011 Timor-Leste ocupava o 147.º lugar e em 2012 estava colocado em 134.º entre 187 países e território.

"De todos os 144 países nas categorias de Desenvolvimento Humano Muito Alto, Alto e Médio, Timor-Leste apresenta a média anual mais elevada no crescimento do desenvolvimento humano", sublinha o governo.

Apesar dos resultados, o porta-voz do governo timorense destacou que os desafios continuam, mesmo que o país esteja a "caminhar na direção certa e a construir uma Nação melhor e um futuro mais promissor para as crianças".

MSE // JCS - Lusa

EUA ENVIARAM JOVENS DISFARÇADOS A CUBA PARA DESESTABILIZAR GOVERNO



Felipe Amorim, São Paulo – Opera Mundi

Sob o pretexto de participar de programas sociais, latino-americanos foram bancados por agência do governo Obama para localizar potenciais dissidentes

Um programa secreto do governo norte-americano de Barack Obama tentou por quase cinco anos fabricar uma revolta política em Cuba usando jovens latino-americanos, enviados à ilha sob o falso pretexto de participarem de programas sociais e de saúde no país.

Com base em documentos, reportagem publicada nesta segunda-feira (04/08) pela agência de notícias AP revela que a Casa Branca não só bancou a ida de jovens peruanos, venezuelanos e costa-riquenhos a Cuba, como os colocou em perigo, já que não havia uma rede segura para ajudá-los caso fossem capturados.

O projeto dos "viajantes" foi lançado em outubro de 2009 pela Usaid (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Humanitário), escritório do governo norte-americano que gerencia a verba bilionária que os EUA destinam a programas sociais e de ajuda humanitária ao redor do mundo. É a mesma agência que havia criado, também sigilosamente, a plataforma online "ZunZuneo",espécie de "Twitter cubano", visando estimular agitação e dissidência política que desestabilizassem o governo do presidente cubano, Raúl Castro.

Segundo a investigação da AP, as autoridades norte-americanas acreditavam que os "jovens espiões" ajudariam a provocar rebeliões em Cuba, viajando pelo país para recrutar pessoas que julgassem ser potenciais ativistas políticos.

Um dos casos incluiu a formação de um grupo de trabalho para a prevenção da Aids, célula que os memorandos da Usaid classificaram como "a desculpa perfeita" para atingir os objetivos políticos da investida. Não é a primeira vez que os EUA tentam, por meios escusos, se aproveitar de programas humanitários de saúde para obter vitórias no campo da geopolítica: quando tentava localizar no Paquistão Osama bin Laden, líder da Al Qaeda e autor dos ataques de 11 de Setembro, a CIA chegou a criar uma falsa campanha de vacinação contra a pólio para pôr as mãos em material genético que confirmasse o paradeiro do terrorista — prática que foi duramente condenada e posteriormente abolida.

Táticas de defesa

A investigação da AP também detalha como os membros do programa faziam para se comunicar entre si e evitar serem descobertos. Além de cartões de memória criptografados, usados para esconder arquivos e enviar mensagens cifradas, os viajantes também preenchiam seus laptops com "conteúdo inocente" para tentar ludibriar as autoridades cubanas em caso de suspeita.

Quando escreviam "estou com enxaqueca", queriam comunicar a suspeita de que o governo cubano estivesse monitorando suas atividades. "Sua irmã está doente" significava que tinham vontade de terminar prematuramente a viagem.

As medidas, entretanto, não impediram que os jovens espiões quase fracassassem na sua tarefa de "identificar potenciais atores de mudança social". De acordo com um dos agentes latino-americanos, eles receberam apenas uma palestra de 30 minutos para aprender como burlar o serviço de inteligência cubano. Além disso, não havia redes de segurança confiáveis para os inexperientes membros do programa caso fossem capturados.

"Embora não haja certeza absoluta, confiamos que as autoridades não tentarão machucá-los fisicamente, apenas assustá-los", relata um memorando obtido pela AP. E acrescenta: "Lembrem-se de que o governo cubano prefere evitar repercussões negativas na imprensa, então um estrangeiro machucado não é conveniente para eles".

De acordo com a AP, a Usaid — e sua empresa privada prestando serviços terceirizados no projeto, a Creative Associates International — continuou com o programa mesmo depois de Alan Gross, também funcionário terceirizado dos EUA, ter sido preso em 2009 sob acusações de espionagem.

Posição da Usaid

"A Usaid e o governo Obama estão comprometidos com o apoio ao desejo do povo cubano de determinar livremente seu próprio futuro", respondeu a agência dos EUA, procurada pela AP.

"A Usaid trabalha com grupos independentes de jovens em Cuba nos projetos de serviço comunitário, saúde pública, artes e outras oportunidades de engajar-se publicamente, consistentes com programas democráticos mundo afora", completa a declaração da agência norte-americana.

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MANIFESTANTE PRESO EM SÃO PAULO DENUNCIA ‘CHOQUES ELÉTRICOS’ EM DELEGACIA




A Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo encaminhou na última quinta-feira (31) ao Ministério Público denúncia de que agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) torturaram o manifestante Rafael Marques Lusvargh de 29 anos. Lusvargh foi detido por policiais civis na avenida Paulista em 23 de junho, durante protesto contra a Copa do Mundo e permanece preso.

A denúncia chegou à Ouvidoria no dia 2 de julho por meio do irmão de Lusvargh e uma amiga da família. Eles ouviram o relato do manifestante numa das visitas que fizeram ao 8º Distrito Policial, no Brás, região central de São Paulo, onde o manifestante cumpre prisão preventiva. De acordo com a denúncia, Lusvargh teria sido “mantido algemado” e recebido “diversos socos e choques elétricos”.

O documento afirma ainda que um dos agentes “pisoteou” o braço do manifestante, ocasionando “falta de sensibilidade na mão”. O agressor é descrito na denúncia como “sem cabelos e acima do peso”, e possuiria uma tatuagem com a inscrição Mein Kampf – “minha luta”, em alemão, título da autobiografia de Adolf Hitler.

Oficialmente, a denúncia registrada pelos familiares de Lusvargh é a segunda suspeita de tortura recebida pela Ouvidoria das Polícias de São Paulo desde janeiro. Ambas teriam sido praticadas por policiais civis. No entanto, pelo menos outros dois manifestantes dizem ter sofrido torturas e maus tratos pelas forças de segurança pública após participarem de protestos na capital. Um deles é o técnico de laboratório Fábio Hideki Harano, 27 anos, detido no mesmo dia que Lusvargh, e também mantido preso desde então. (pulsar/rba)

Foto: Fábio Braga


OS ALIADOS DE BENJAMIN NETANNYAHU NO BRASIL




Enquanto o mundo está estarrecido com o massacre de Israel em Gaza que já matou mais de mil inocentes, no Brasil há quem defenda a ofensiva de Benjamin Netanyahu contra os palestinos

Os ataques do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que já deixaram mais de 1.500 palestinos mortos, acaba de ganhar mais um defensor, depois do blogueiro neoconservador da Veja, Reinaldo Azevedo, e do deputado saudosista da ditadura militar, Jair Bolsonaro (veja aqui). Neste sábado, Demétrio Magnoli chama de “antissemitas polidos” os que têm criticado os bombardeios de Israel.

Segundo ele, “o antissemitismo em estado cru (…) sobrevive nos subterrâneos” e afirma que, desde 1948, passou a ser inadmissível a distinção entre antissemitismo e antissionismo. “Não passa de camuflagem do ódio aos judeus”, afirma.

Magnoli também condena o “uso abusivo” do termo “genocídio” para descrever as ações de Israel, segundo ele, com o propósito de “identificar Israel ao nazismo”. De acordo com o colunista, genocídio “é o extermínio deliberado de um povo”, como praticou Hitler contra os judeus, mas não se aplica contra os palestinos. “O ‘genocídio palestino’ só existe no discurso utilitário dos antissemitas”, escreve.

Posicionamento internacional

Após o Brasil mandar chamar o embaixador de Israel e condenar oficialmente o massacre em Gaza, oMercosul também se posicionou contra a ofensiva que já matou mais de 1.500 palestinos. Chile e Peru também convocaram os embaixadores de Israel para prestar esclarecimentos.

Na Bolívia, Evo Morales disse que “Israel é um estado terrorista”. A Venezuela, por sua vez, anunciou que criará uma casa de abrigo para receber crianças palestinas feridas e órfãs.

O posicionamento enérgico do Brasil rendeu uma carta de agradecimento da OLP, Organização para a Libertação da Palestina, que disse que os brasileiros estão “do lado certo da história”.

Escolas bombardeadas

Mais uma escola da ONU foi bombardeada por Israel neste domingo. Ao menos dez pessoas morreram e outras trinta ficaram feridas. Este foi o segundo ataque ordenado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a uma escola das Nações Unidas. O último gerou condenações do diretor-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem sido cúmplice do genocida Netanyahu na matança em Gaza.

De acordo com a Unicef, mais de 300 crianças palestinas já morreram em decorrência da ofensiva de Israel contra Gaza.

Pragmatismo Político

Na foto: Demétrio Magnoli, Jair Bolsonaro e Reinaldo Azevedo, os aliados de Israel no Brasil (Edição: Pragmatismo Político)

Portugal: NOVO BANCO, FRAUDE VELHA



RUI TAVARES – Público, opinião

Portugal assistiu ontem a um evento raro. O Banco de Portugal tentou convencer o país, — e o mundo financeiro —, da suficiência de um programa de resolução para o Banco Espírito Santo. Uso a expressão “tentar convencer” sem segundas intenções: sendo a confiança o elemento essencial na relação entre os clientes e o sistema bancário, o trabalho de um banqueiro central é sempre um trabalho de persuasão.

Como tal, só o tempo poderá dizer se o esforço de persuasão de hoje funcionou ou não. Se nos próximos dias os depositantes do antigo Banco Espírito Santo, agora crismado de Novo Banco, não forem alarmados por novos esqueletos no armário, pode ser que o banco central consiga superar a primeira prova deste exercício de alto risco. O resto é bem mais complicado e compete ao governo; cá estaremos para ver se poderá cumprir-se a promessa de o caso BES não contaminar a dívida pública e não prejudicar os contribuintes portugueses. A divisão do BES entre “banco mau” e “banco bom”, com todas as complexidades e incertezas que ela oculta, torna tudo isto muito duvidoso.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, foi forçado a admitir que a gestão do Banco Espírito Santo foi muito pouco católica: nos últimos tempos, e provavelmente bem antes disso, a administração do banco, e do grupo familiar em que ele se inseria, incorreram numa série de fraudes e ocultações. Depreende-se claramente do que disse Carlos Costa que haverá responsabilidades criminais a apurar.

Apesar do nome do “banco bom”, Novo Banco, ser uma ingénua tentativa propagandística para fazer crer às pessoas de que estamos a entrar num tempo de fazer tábua rasa, as fraudes do Banco Espírito Santo não têm nada de novo.

E é aí que houve algo de ainda mais extraordinário naquele momento extraordinário. Carlos Costa confessou a inoperância das entidades reguladores perante o capitalismo financeiro conforme ele funciona hoje. As fraudes do Banco Espírito Santo não têm nada de novo: basicamente, dependem da utilização de jurisdições ocultas, empresas-veículo em paraísos fiscais, e um carrossel de operações entre todas elas. O sistema continua tão opaco quanto sempre. Nada mudou. E o governador do banco central confirmou que só quando o banco estoura é que se consegue levantar a ponta do véu. A podridão do império BES ainda está por descobrir.

Posto desta forma, Carlos Costa não disse mais do que dizem todos os grandes críticos do capitalismo atual. Só o disse de forma menos clara. Os velhos vícios continuam intactos por debaixo dos “novos bancos”.

Há maneira de acabar finalmente com isto. Separar bancos de investimento de bancos tradicionais. Obrigar os bancos europeus a revelarem tudo o que fazem as suas subsidiárias. Legislar, ao nível da União Europeia, no mesmo sentido dos EUA com a sua lei FATCA, que obriga todas entidades fiscais, coletivas ou individuais, a declararem os ativos que detêm fora da sua jurisdição de origem. E, finalmente, criar uma unidade especial de investigação ao crime financeiro e económico, sediada no Banco Central Europeu ou na Europol.

Tudo isto pode ser conseguido, mas não pelos governos que temos hoje.

RICARDO VIGARISTA SALGADO, O DESCARADÃO - memória




PRESIDENTE DO BES ACUSA: ESTADO “É UM DESASTRE” A GERIR BANCOS

Lusa, 19 outubro 2011

Ricardo salgado, presidente do BES, reiterou hoje que o banco só vai recorrer ao fundo de capitalização em última instância, depois de esgotadas as soluções de mercado, e afirmou que o Estado foi sempre um "desastre" quando teve de gerir bancos.

"Devemos mobilizar todos os 'stakeholders' do banco, atirando para último recurso uma ajuda dos fundos do Estado", afirmou Ricardo Salgado, reafirmando assim que o BES não pretende - pelo menos por agora - recorrer aos 12 mil milhões de euros do fundo de capitalização público que foi reforçado no âmbito do acordo com a 'troika' para fazer face às necessidades de capital das instituições.

O BES anunciou na terça-feira uma oferta de troca de obrigações por acções com o objectivo de aumentar o capital do banco de até 790,7 milhões de euros, com o objectivo de melhorar os rácios de capital. A ser bem sucedida, após esta operação, o rácio de capital 'core tier 1' do banco passará a 9,67 por cento, cumprindo assim a exigência do Banco de Portugal para este ano e aproximando-se do rácio dos 10 por cento exigidos para 2012.

Ricardo Salgado, que falava num encontro com os jornalistas, garantiu que não tem "nada contra a linha de capitalização" mas admitiu que prefere manter a instituição longe de qualquer intervenção estatal.

"O banco é privado, tem hoje milhares accionistas e tem mais interesse em alargar a sua base accionista (pela via da conversão de obrigações) do que em ter um só accionista que é o Estado mas que não acrescenta valor, a não ser uma 'backstop facility' em caso de necessidade", afirmou Salgado.

O banqueiro foi mesmo mais longe e deu o exemplo de bancos de outros países para afirmar que, de acordo com a história, o Estado não sem sido um gestor eficiente de instituições bancárias.

"O Estado a gerir bancos é um desastre, veja-se o caso do Crédit Lyonnais em França", afirmou salgado, acrescentado que "bombar capital para dentro das instituições é importante, mas muito mais importante é uma boa gestão bancária".

Sobre a proposta dos banqueiros portugueses de passar parte das dívidas de empresas públicas para um veículo financeiro, o que daria folga aos bancos, Salgado disse que essa foi uma ideia "imaginativa do sistema financeiro para ajudar as empresas públicas" mas que já morreu uma vez que "já foi confirmado que não há qualquer hipótese de ser alterado" o papel do fundo de capitalização.

Salgado voltou ainda a reiterar que capital não é o principal problema dos bancos - não só portugueses mas europeus - como fazem crer os líderes políticos.

"Não tenho dúvidas de que encontrando-se uma solução para a Grécia e uma melhor coordenação na Europa, há condições para a recuperação do mercado de capitais", afirmou.


Fotografia © Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

*Título PG

Guiné-Bissau: COMEMORAÇÕES DO 55º ANIVERSÁRIO DO MASSACRE DE PINDJIGUITI




ACONTECEU EM 1959 – massacre do colonialismo português

Bissau – A Guiné-Bissau comemorou este fim-de-semana, 2 e 3 de Agosto, o 55º aniversário do massacre de Pindjiguiti. Uma data que assinala a revolta dos funcionários portuários que foi violentamente reprimida pelas forças coloniais.

A cerimónia foi conjuntamente organizada pelas duas centrais sindicais do país que desfilaram na Avenida Amílcar Cabral até à Praça dos Mártires de Pindjiguiti onde interveio o Primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, assim como alguns membros do seu Governo e representantes de formações políticas na oposição.

Simões Pereira frisou que se os guineenses querem ser os herdeiros legítimos dos Mártires de Pindjiguiti é necessário que todos se questionem se os actuais dirigentes do país estão a corresponder às suas expectativas. “Quero desfiar a todos os guineenses para criarmos um museu da resistência em honra e em memória de todos os resistentes e todas as pessoas que puseram as suas vidas em causa pela liberdade e pela dignidade”, disse chefe do Governo. Simões Pereira destacou também esta data como uma das mais importantes da história da Guiné-Bissau.

Na mesma ocasião o chefe do Governo, depois de fazer um pequeno balanço da acção do seu executivo, disse: “Chegou o momento de parar de atirar pedras contra os colegas, é altura de construirmos um compromisso sobre aquilo que reivindicamos” e acrescentou que “o 3 Agosto de 1959 é o passado, 2014 é o presente, é preciso projectarmos o nosso futuro e mostrarmos aos mais novos que estamos a ver o futuro com confiança através dos nossos heróis do 3 de Agosto”.

Por fim o chefe do Governo quis sublinhar que o seu executivo nunca irá governar com prepotência e privilegiará sempre o diálogo.

Para Filomeno Cabral, Secretário-geral da Confederação-geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau, a actual conjuntura económica e social do país necessita da participação activa de todos os segmentos da sociedade no sentido de criar clima de estabilidade, reconciliação e convergência nacional sobre principais pontos de reforma do aparelho do Estado.

Estêvão Gomes Co, Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, disse também que os sonhos dos mártires de Pindjiguiti ainda não foram realizados, devido aos atrasos nos pagamentos de salários.

PNN Portuguese News Network – Bissau Digital

PR DE CABO VERDE REPRESENTA O PAÍS NA CIMEIRA EUA-ÁFRICA




Cimeira Estados Unidos - Líderes Africanos arranca esta segunda-feira

A Semana (cv)

Arranca esta segunda-feira, 4, a cimeira Estados Unidos – Líderes Africanos, que se vai debruçar sobre três temas: Investir no futuro de África, Paz e Estabilidade Regional e Governando para a nova geração. Cabo Verde está representado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que promete defender os interesses do nosso país. Já Lígia Fonseca vai participar na conferência das Primieras Damas sobre as Mulheres na sociedade com a participação de Michelle Obama e Laura Bush, esposa do ex - Presidente George W.Bush.

47 Chefes de Estado, mais a Presidente da Comissão da União Africana, Dlamini Zuma, marcam presença nesta cimeira, que tem como objectivo reforçar os laços históricos, culturais, económicos e políticos entre os EUA e o vasto continente que é África. Daí concentrar-se nas perspectivas de relançamento de novas formas de cooperação para o desenvolvimento do nosso continente nas áreas das finanças, investimento, comércio e segurança.

A Cimeira comporta um vasto programa de reuniões oficiais a nível dos Chefes de Estado, outras com altas entidades norte-americanas, africanas e de instituições internacionais, a par dos encontros de cariz técnico, cívico e cultural, envolvendo empresários, universitários, ONG e grupos da sociedade civil. Há ainda um programa paralelo para as Primeiras Damas, com uma conferência sobre as Mulheres na sociedade em que participam Michelle Obama e Laura Bush, esposa do ex - Presidente George W.Bush.

Na quarta-feira, 6, a cimeira será presidida por Barack Obama que, na presença de todos os Chefes de Estado e Líderes africanos, vai lançar os "ganchos" para “ Investir no futuro de África”, “Paz e Segurança Regional”, “Governar para próxima geração". Para além de situações regionais, os EUA mostra, com a escolha destes temas, que quer cooperar e ajudar os estados africanos a solucionar os desafios da segurança, que estão a aumentar, e criar um ambiente que permite aos exércitos africanos protegerem os respectivos povos.

O chefe de Estado, na antevisão desta cimeira, disse que vai reafirmar a disponibilidade de Cabo Verde em reforçar as relações bilaterais com os EUA e, em um quadro multilateral, com todos os povos e países amantes da paz, liberdade, progresso e bem-estar da Humanidade. "Cabo Verde e os EUA devem trilhar caminhos de complementaridade, procura de maior intercâmbio político e cultural e de disponibilidade para participar da realização dos anseios legítimos dos respectivos povos".

Em suma, apostar no reforço e no aprofundamento das relações bilaterais entre os dois Países e povos, completa Jorge Carlos Fonseca, apontando como exemplo desta cooperação as ligações já existentes com o Africom (United State Africa Command, responsável pelas operações e pelas relações militares com 53 países africanos).

"Estas relações podem ser melhor exploradas, tendo presente o facto de Cabo Verde - e sua Zona Económica Exclusiva – poder se transformar em um tampão em relação ao tráfico de droga e de pessoas, face à sua localização no cruzamento de rotas que ligam a África, a Europa e a América do Sul", salienta. Antes, no dia 5 de Agosto, haverá uma recepção no Capitólio. O jantar na Casa Branca acontece no dia 6 de Agosto, oferecido pelo Presidente dos EUA e esposa.

Integram a delegação cabo-verdiana o Ministro do Turismo, Indústria e Energia, o Embaixador de Cabo Verde em Washington, o Chefe da Casa Civil da Presidência e outros colaboradores de JCF. O PR vai aproveitar a sua estada nos USA para encontros com a comunidade cabo-verdiana, auscultar os seus anseios, inteirar-se dos problemas com que se debatem e informá-los sobre a vida política do país, procurando, desse modo, reforçar os laços que os unem à terra. Estão previstos encontros em Washington DC, Nova Inglaterra e Boston.

O Chefe de Estado tem ainda em agenda encontros com o Governador de Massachusetts, Deval Patrick, os representantes Estaduais de origem cabo-verdiana Vinny de Macedo e Tony Cabral, os congressistas Joseph Kennedy, Wiliam Keating, Stephen Lynch e David Cicilline, os presidentes das Câmaras de Boston, Brockton, New Bedford, entre outros.

Jorge Carlos Fonseca e esposa visitarão a cidade de New Bedford, onde se concentra um número expressivo de conterrâneos, serão recebidos pelo Mayor e conhecerão o Centro Cultural de Cabo Verde - uma jovem associação que pretende, através da cultura, promover actividades que facilitem a integração social da comunidade na sociedade norte-americana. Á noite, participam num jantar de gala em homenagem ao desportista Carlos Alhinho, cujo objectivo é angariar fundos para construir uma estátua na cidade do Mindelo, onde Alinho nasceu.

A visita inclui ainda uma visita ao MIT, um almoço com académicos cabo-verdianos e americanos, e amigos de Cabo Verde na Bridgewater State University, em Boston, onde serão abordados questões que se prendem com o ensino superior e a investigação científica no país e formas de cooperação. Haverá ainda encontros com responsáveis da Microsoft e Cisco.

A 1ª Dama, Lígia Fonseca, vai se encontrar com uma Associação de Jovens mulheres cabo-verdianas em Boston - «Criolas contra o cancro» -, para se inteirar do trabalho que esta vem fazendo em prol da promoção da saúde da mulher cabo-verdiana na diáspora e no país.

*Título PG

Cabo Verde-EUA: New Bedford realiza gala musical em homenagem a Carlos Alhinho



A Semana (cv)

A Comunidade Cabo-verdiana radicada em New Bedford, nos Estados Unidos da América, vai realizar, no próximo dia 9 de Agosto, no Fisherman Club, uma noite de Gala para homenagear o falecido desportista Carlos Alhinho. Os fundos angariados servirão para financiar uma estátua em memória do antigo selecionador nacional, que um grupo de amigos dele pretende erguer na Rua do Coco da cidade do Mindelo – S. Vicente, sua ilha natal.

Uma das individualidades de destaque que já confirmou a sua presença no certame é o Presidente da República. Jorge Carlos Fonseca vai dirigir uma mensagem aos presentes, na qual destacará a figura de Carlos Alinho que ficou celebrizado como um dos grandes expoentes do desporto cabo-verdiano. O evento contará ainda com a participação do novo Embaixador de Cabo Verde em Washington (José Luís Rocha), o Cônsul Geral do nosso país em Boston (Pedro Graciano) e o Mayor de New Bedford (John Mitchell).

Esta Gala é aberta a todos os cabo-verdianos e estrangeiros radicados em New Bedford que são amigos ou admiradores de Carlos Alinho. A grande noite da musica cabo-verdiana culminará com a atuação de artistas nacionais de renome, com destaque para Djozinha, Cândida Rose, Jorge Cena, Vuca Pinheiro e alguns familiares do falecido - Tété Alhinho, irmã de Carlos Alhinho, e Sara Alhinho, sobrinha do homenageado.

Os promotores da iniciativa estão a contar com o apoio da Rello Cabo Verde, uma organização não-governamental que promove eventos. Os fundos angariados servirão para financiar o projceto de uma estátua, que um grupo de amigos de Carlos Alhinho pretende erguer em homenagem do falecido na Rua de Côco da cidade Mindelo-S. Vicente, sua terra natal. Um sítio que também acolhe a Academia de Futebol Carlos Alhinho, que funciona no Ex Polivalente da JACV-CV, anexo ao Estádio da Fontinha. Um espaço que o antigo selecionar nacional de futebol comprou, antes da sua morte.

ADP

São Tomé e Príncipe: O ENSURDECEDOR SILÊNCIO DOS POLÍTICOS



Carlos Semedo – Téla Nón (st), opinião

Pelo que se não tem ouvido nestas últimas semanas, está toda a gente calada desde o anúncio da data das eleições, porque afinal o “diabo” virou bom ou não era diabo ?

Afinal está bem no paraíso?

Afinal porque é e para que fizeram tanto barulho, tantos gritos contra a ditadura, contra a falta de democracia, porque as eleições tinham de ser marcadas, tantas cenas de pugilato parlamentar, arruaças e negaças, insultos e agora está tudo bem?

Está tudo resolvido e na paz dos anjos no paraíso?

Os perseguidos políticos, os agitadores de fantasmas, os anti diálogo que afinal são anti tudo que não seja encher a sua própria barriga, já estão satisfeitos?

Todos os problemas que antes eram gritados no país e no estrangeiro deixaram de existir desde o anúncio da data das eleições?

Porque não se fala mais na questão de Malta contra São Tomé, será que Malta pediu desculpas por ter posto um pedido de arbitragem internacional contra São Tomé por causa da apropriação ilegal do conteúdo dos navios?

Ou será que todos “viraram” avestruz e enterraram a cabeça na areia?

Afinal eram ou não os navios do Patrice?

Afinal o governo que fez negócio com o fuel dos navios já pagou ao tribunal?

O que é que o governo fez ao dinheiro que cobrou e com quem negociou?

Será que já se sabe a data do regresso do líder desejado ao país, ou agora virou tabu?

Afinal já se pode dizer que o governo está a governar bem, o povo está de barriga cheia, os velhos e as crianças estão mais felizes, a justiça já está a julgar melhor?

Afinal os que só sabiam insultar e mentir já aprenderam as regras de manifestar opiniões livres e já sabem ser bem-educados, e será que aprenderam a discordar dentro do respeito que todos merecem?

Como se deu este milagre, ou de repente todos viraram mudos e cegos ou sem ideias?

Porque estão tão calados depois do anúncio da data das eleições?

Quais as notícias da queixa no Tribunal Penal Internacional?

O procurador adjunto do “edital de Patrice” já está promovido a Procurador da Republica, foi censurado, advertido, já o mandaram estudar melhor o código de processo penal?

O procurador geral da República, ainda bem, mantém-se “firme” no cargo!

Onde estão os programas de governo e as novas caras que nos vão governar depois de 12 de outubro de 2014?

Ou ainda é cedo demais para o povo que espera o banho o possa saber, ou será que não aparecem por não interessar dizer-lhe porque com o banho venha quem vier está bem e o povo que só manda nas urnas já deixou de mandar?

Serão os mesmos de sempre, que já nos mostraram que nada fizeram nem sabem fazer se não governarem-se?

Serão outros novos de nível de formação adequada e moralidade atestada, homens ou mulheres?

Afinal onde estão e porque estão tão calados?

São Tomé e Príncipe: Gabriel Costa representa o país na cimeira EUA/África




São Tomé, 04 Ago (STP-Press) - São Tomé e Príncipe confirmou a sua participação na cimeira de 5 à 6 deste mês entre EUA e África e tem a caminho de Washington o seu Primeiro – Ministro em representação do Chefe de Estado santomense, Manuel Pinto da Costa, apurou hoje, a STP-Press.

A delegação santomense que deixou o país, sábado último e que integra a Ministra dos Negócios Estrangeiros, Natália Umbilina Neto e Paulo Jorge do Espírito Santo, Assessor Diplomático de Manuel Pinto da Costa, é conduzida pelo Primeiro-Ministro Gabriel Costa.

Interrogado no aeroporto internacional de São Tomé momentos antes de deixar o país pelos jornalistas, o governante disse que alimenta fundadas expectativas nesta conferência promovida pelo presidente Barak Obama e líderes africanos, sobretudo, no plano de segurança e relançamento de África no mundo global.

Pontuou ainda no que se refere a situação de segurança, preocupações de Estados africanas com a situação de instabilidade na político militar na RDC e na RCA cujos processos negociais são pilotados pelo chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos.

Temas como saúde, vida selvagem, energia, comércio e investimentos em África, bem como paz e segurança no continente, fazem parte da agenda oficial da cimeira, subordinada ao tema"Investir na próxima geração", onde foram convidados mais de 50 chefes de Estado e de governo dos países africanos.

A conferência visa, também, reforçar os laços com os países do continente africano uma vez que a iniciativa permitirá avanços na atenção que a administração dedica ao investimento e comércio em África bem como o compromisso dos EUA com a segurança no continente, o seu progresso e bem-estar dos seus povos.


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