segunda-feira, 30 de julho de 2012

Portugal: ASAE NÃO FISCALIZA ALIMENTOS HÁ MAIS DE TRÊS MESES



Expresso - ontem

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica não está a receber ordens para fiscalizar a qualidade de vários alimentos, colocando em perigo a saúde pública.

Desde abril que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) não fiscaliza a qualidade dos alimentos, escreve hoje o "Jornal de Notícias".

Em causa estão produtos como a carne, leite, ovos, mel e peixe de aquacultura, constituindo um "risco para a saúde pública", como alerta a DECO.

Segundo o jornal, nos dos primeiros meses do ano a ASAE não recolheu qualquer amostra para avaliar a qualidade dos alimentos e, em março, efetuou apenas 600 recolhas no centro e sul do país.

Desde abril, ou seja há mais de três meses, que a Autoridade de Segurança Alimentar já não fiscaliza a qualidade dos produtos, uma vez que a Direção Geral de Veterinária deixou de dar ordens nesse sentido, alegadamente por razões económicas.

Não há controlo...

"Desde então para cá estamos entregues à nossa sorte. É o que Deus quiser. Não há qualquer controlo. Ninguém pode garantir se o que andamos a comer está ou não contaminado por, por exemplo, medicamento proibidos ou produtos de crescimento rápido, (...) prejudiciais para a saúde humana", disse fonte da ASAE.

O diretor-geral de Alimentação e Veterinária, Nuno Vieira Brito, admitiu que de facto há menos fiscalização dos produtos alimentares pela ASAE, mas sublinhou que essa é apenas uma parte do controlo alimentar e que  continua a vigilância aos produtos vendidos diretamente ao público.

"É verdade de facto que a ASAE reduziu um pouco as suas recolhas, mas a própria Direção-Geral de Alimentação e Veterinária está e tem estado a proceder à recolha de alimentos, enquadrados naquilo que é o próprio plano nacional de controlo de resíduos em si", explicou Nuno Vieira Brito à Rádio Renascença.

O Expresso está a tentar contactar o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, que tutela a ASAE, mas até agora sem sucesso.

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