sábado, 27 de abril de 2024

ISRAEL USA MERCENÁRIOS ESTRANGEIROS EM GAZA

Steven Sahiounie* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Os EUA estão a tentar fazer com que os curdos sejam parceiros de Israel. Mas muitos curdos ficam do lado do povo de Gaza e da resistência palestiniana.

A comunidade internacional não só se cala sobre o genocídio de Israel, mas também envia mercenários estrangeiros para lutar ao lado das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Gaza.

As FDI convocaram centenas de soldados da reserva para reforçar as suas fileiras em preparação para o ataque terrestre à Faixa de Gaza. Para reforçar as suas fileiras israelitas, as FDI promoveram um afluxo de pessoas com passaportes israelitas e que vivem em países estrangeiros.

No entanto, o jornal espanhol El Mundo informou que Tel Aviv contactou prestadores de serviços de segurança internacionais para fornecer combatentes para realizar tarefas militares durante a guerra em curso em Gaza.

Pedro Diaz Flores Corrales, de 27 anos, é um ex-soldado do exército espanhol e já havia lutado como mercenário na Ucrânia e no Iraque. Além disso, é conhecido por pertencer a um grupo político fascista, o chamado movimento neonazista, segundo o site 'Monitor' do Oriente Médio.

O grupo está envolvido no tráfico ilícito de armas, bem como na exploração mercenária.

Reino Unido armou Israel dias depois das IDF matarem 3 trabalhadores humanitários do RU

Novos documentos judiciais revelam que os ministros David Cameron e Kemi Badenoch autorizaram a venda de armas do Reino Unido a Israel logo após um ataque aéreo ter matado três trabalhadores de caridade britânicos em Gaza, escreve James McEvoy.

James McEvoy* | Declassified UK | # Traduzido em português do Brasil

Om 1 de Abril, as forças israelitas lançaram uma série de ataques aéreos contra um comboio de trabalhadores humanitários em Gaza, matando três britânicos, um cidadão polaco, um palestiniano, um cidadão com dupla nacionalidade americano-canadiana e um australiano.

A Força Aérea Israelense realizou o bombardeio com um drone Hermes 450. De acordo com a Campanha Contra o Comércio de Armas, este drone pode ser movido por um motor Wankel R902(W) produzido na Grã-Bretanha pela UAV Engines Limited (UEL).

Novos documentos judiciais mostram que o governo do Reino Unido decidiu continuar as exportações de armas para Israel em 8 de Abril, uma semana após a greve dos trabalhadores humanitários que trabalhavam para a instituição de caridade World Central Kitchen (WCK).

A revelação colocará pressão adicional sobre o Ministério dos Negócios Estrangeiros para justificar a sua decisão de não suspender as vendas de armas a Israel.

‘Morto com armas britânicas’

A Global Legal Action Network (GLAN) e o grupo palestino de direitos humanos Al-Haq desafiaram hoje o governo do Reino Unido em tribunal por causa da venda de armas a Israel.

Os documentos fornecidos ao tribunal mostram que o governo do Reino Unido realizou cinco avaliações jurídicas da situação em Gaza desde 18 de Dezembro.

Uma dessas avaliações, que abrangeu o período de 18 de dezembro a 29 de fevereiro, foi entregue ao secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, em 28 de março.

Em 3 de Abril, dois dias após o ataque aéreo israelita aos trabalhadores humanitários, Cameron utilizou esta avaliação para recomendar que o Reino Unido continuasse a vender armas a Israel.

Cinco dias depois, o secretário de comércio do Reino Unido, Kemi Badenoch, autorizou a continuação das licenças existentes e novas licenças para Israel, de acordo com o comunicado de imprensa da GLAN.

Os documentos judiciais mostram ainda que o governo do Reino Unido é capaz de fazer “avaliações fora do ciclo… sempre que as circunstâncias o exigirem” sobre o cumprimento por parte de Israel do direito humanitário internacional.

Contudo, tal avaliação aparentemente não foi realizada após o ataque de Israel ao pessoal da WCK.

Charlotte Andrews-Briscoe, advogada da GLAN, disse:

“O mundo assistiu à morte de 34,000 pessoas, e mais pessoas são mortas todos os dias… Será que o Governo não se importa com a imensa perda de vidas humanas até agora, algumas das quais terão sido mortas com armas britânicas?”

HAVERÁ PARA ISTO UM NOME, MAS NÃO É DEMOCRACIA

Raquel Ribeiro, opinião

«Na Alemanha, a criminalização de movimentos de esquerda, seja contra a guerra da Ucrânia, seja de apoio à Palestina, de crítica a Israel ou ao governo alemão, seja de judeus, de cristãos ou de muçulmanos, agora inseridos nesta “cena islamista”, está a ser conduzida por governos e políticos “democráticos”, representantes de partidos do “arco da governação”, dos sociais-democratas aos verdes, dos socialistas aos democrata-cristãos. Eis-nos diante deste paradoxo: os que diariamente nos acenam com o perigo da extrema-direita são os que põem em prática medidas fascizantes.»

Na Alemanha está em curso uma sistemática perseguição política e criminalização dos críticos de Israel.

O ex-ministro da economia grego Yannis Varoufakis foi impedido de participar numa conferência sobre a Palestina que ia decorrer em Berlim. “O Ministério do Interior alemão emitiu uma Betätigungsverbot contra mim, uma proibição de toda a actividade política”, escreveu no X. “Não é só proibição de visitar a Alemanha, mas estende-se à participação por Zoom.”

O cirurgião plástico britânico-palestiniano Ghassan Abu Sittah, reitor da Universidade de Glasgow, e que esteve 43 dias a trabalhar nos hospitais Al-Shifa e Al-Ahli em Gaza, também foi impedido de entrar na Alemanha para a mesma conferência. Ao Middle East Eye, Abu Sittah conta que foi interrogado no aeroporto, informado de que a proibição de entrada no país se estendia até ao final do mês, e que se entrasse na conferência online, ou enviasse um vídeo da sua apresentação, poderia incorrer numa avultada multa e até um ano de prisão.

Eis-nos diante deste paradoxo: os que diariamente nos acenam com o perigo da extrema-direita são os que põem em prática medidas fascizantes, reprimindo direitos políticos, individuais, religiosos ou a liberdade de expressão na Europa.

“É exactamente isto que fazem os cúmplices de um crime: enterram as provas e silenciam, assediam ou intimidam as testemunhas”, disse o médico, que tem organizado palestras por toda a Europa a denunciar a situação em Gaza, dando testemunho da sua experiência. “Como membros de um gang que cometeu um crime hediondo, a Alemanha está a fazer a sua parte nesse crime, que é garantir que haja impunidade total e que o genocídio possa continuar ininterrupto.”

Portugal | Lucília Gago, a PGR "maquiavélica", segundo PR Marcelo Rebelo de Sousa


É público. PGR "maquiavelica"... As palavras do PR Marcelo ficaram registadas em imagem e som assim como em paragonas nos jornais. Os portugueses perguntam-se: "o que saberá o Presidente da República que ainda não foi facultado transparentemente e com exatidão a todos nós?"

São milhentas as perguntas que muitos dos lusitanos têm para soltar e questões para que os esclareçam. Deviam. Quem? O PR, Lucília Gago, a PGR? Ora, mas essa senhora diz prazenteiramente não se sentir responsável por nada do ocorrido e que o ministério público continuará a investigar o que já foi publicamente e vergonhosamente declarado improcedente e com provas ausentes de crimes... Mistério, quem serão os responsáveis? Por aí, na plebe e não só, falam em golpe de estado, justicialismo, etc. etc. Realmente aconteceu no Brasil, em Espanha está a ocorrer algo semelhante. Porque não esse tal justicialismo ocorrer em Portugal? Assaltos aos poderes e ataques à democracia é o que não falta por todo o mundo... A história assim testemunha.

Cá por nós consideramos que o melhor e mais democrático seria que a senhora Gago decidisse falar como deve ser e assumir a obrigação de ser devidamente honesta e transparente sobre o assunto. Cumpra-se a decência em defesa da democracia. Acabe-se com o diz que disse. Responsabilize-se quem tiver de ser responsabilizado. Puna-se com justiça. Exija-se a revelação da verdade sobre o assunto na praça pública. Sejamos justos e ilibem-se os inocentes.

MM | Redação PG

Portugal | Inauguração do Museu Nacional Resistência e Liberdade em Peniche

No âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, inaugura-se este sábado o Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche, data que coincide com os 50 anos da libertação dos presos políticos.

Outrora uma prisão de alta segurança que visava conter os revolucionários antifascistas que lutavam por um Portugal novo, o Forte de Peniche está umbilicalmente ligado à longa noite fascista. Houve quem tentasse apagar a história, mas os que a quiseram expor, para que nunca mais se repita, foram muitos mais.

Amanhã, em todo o País, os núcleos da União de Resistentes Antifascistas Portugueses vão organizar excursões para a «celebração» e inauguração do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche.

O primeiro momento do programa ocorre entre as 10h00 e as 11h15, com uma passagem pelo monumento Libertadores e Libertados, junto à Estação da CP em Caxias, onde haverá uma curta cerimónia, com um momento cultural e intervenções.

Já em Peniche, pelas 14h30, há encontro marcado junto aos bombeiros para o início do desfile que percorrerá o centro da cidade, acompanhado pela centenária Banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense. O programa culmina às 15h00 com a intervenção de José Pedro Soares, Coordenador da URAP. 

AbrilAbril

Portugal | 1º DE MAIO: LIBERDADE A SÉRIO

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Em 1974, tivemos um 1.º de Maio em que os trabalhadores e o povo português expressaram, numa excecional dimensão, duas coisas fundamentais. Primeira, os seus anseios de liberdade e do que ela significava naquele tempo, em que eram necessárias respostas prementes que garantissem “a paz, o pão, habitação, saúde e educação”, bases de uma “liberdade a sério” (Sérgio Godinho). Segunda, a expressão de confiança na construção de um compromisso coletivo transformador da sociedade - revolucionário. Essa confiança emanava de um acreditar pleno num regime democrático que ia começar a ser construído e se plasmou na Constituição da República, a 2 de abril de 1976. A igualdade e a justiça surgiam implícitos ao próprio conceito de democracia.

Nesta quinta-feira, tivemos as maiores manifestações de evocação do 25 de Abril feitas na caminhada dos 50 anos da democracia. Os grandes meios da comunicação social quase só nos deram imagens ou reportagens de Lisboa e do Porto, quando se sabe que, no dia 25 e nos últimos dias, se têm realizado inúmeras iniciativas amplamente participadas por portugueses de todas as gerações, em freguesias, vilas e cidades.

No dia 25, tivemos uma evocação imensa e bonita, com muita juventude e mais abrangente e inclusiva que outras. Isso constatou toda a gente que veio à rua, e quem esteve atento a muitos discursos (e ações) feitos no dia. As expressões do que significa hoje “a liberdade a sério” talvez tenham sido menos evidenciadas do que é necessário. Aqui está um dos grandes desafios que se colocam para o próximo 1.º de Maio.

Para alguns milhões de portugueses, as prioridades enunciadas pelo Sérgio continuam a estar na primeira linha das reivindicações dos trabalhadores. Desde logo, a denúncia da guerra (que rapidamente escraviza o trabalho) e o compromisso de luta pela paz. Também a melhoria urgente dos salários e pensões, e de todos os rendimentos diretos e indiretos vindos do trabalho, porque é com eles que se geram as condições materiais para uma vida digna com pão, habitação, saúde e educação.  

Temos de reclamar justiça e igualdade: na democracia que temos vivido, os poderes instituídos e os fátuos têm-se esquecido de as garantir. A efetividade da contratação coletiva e do diálogo social são necessárias para “mudar e decidir”, nos setores privado e público.

Jorge Miranda diz que “liberdade é não ter medo”. Ora, hoje a vida de grande parte dos trabalhadores e dos jovens que querem entrar no “mercado de trabalho” está carregada de medos e frustrações: uns veem a “vida parada”, a outros nega-se o sonho de voar de forma autónoma e livre. Grande parte é desconsiderada nos seus saberes e capacidades, porque persiste uma economia de baixo perfil de especialização e uma tolerância inaceitável face à pobreza, aos baixos salários e à precariedade.

Quanto ao trabalho, emprego e proteção social, o Governo parte da visão obtida por uma lupa hiperliberal. Nem uma vez o substantivo “sindicato” aparece no seu programa. Está ausente uma leitura sobre a real espessura das relações coletivas de trabalho e são abertas muitas brechas quanto ao Estado social. O Governo afirma (p.31) que procurará “a convergência entre empresários e trabalhadores em torno do objetivo de aumentar a produtividade”. E como serão distribuídos os respetivos ganhos, mesmo longe de “pertencer ao povo o que o povo produzir”? Isto diz tudo sobre o que pretendem dos trabalhadores.

Neste 1.º de Maio, há que lutar pela liberdade a sério.

* Investigador e professor universitário

Portugal | SEBASTIÃO COME TUDO

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | Ex-ministro Galamba sobre caso Influencer: "acabarei por ser inocentado"

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

"Estou de consciência perfeitamente tranquila em relação a tudo o que fiz, sei tudo o que fiz, sei também tudo o que não fiz. Sei como é que este processo vai acabar: ou com o arquivamento ou, se existir acusação, acabarei por ser inocentado", disse João Galamba, em entrevista à CNN Portugal.

O antigo ministro e secretário de Estado dos executivos de António Costa referiu também que ainda não foi ouvido no âmbito do processo que provocou a queda do Governo do PS, apesar de já ter apresentado "um requerimento" com esse propósito "imediatamente a seguir às buscas" de que foi alvo a 7 de novembro.

João Galamba, que é arguido no processo, defendeu que Lucília Gago não tem de prestar quaisquer esclarecimentos na Assembleia da República. "A senhora procuradora[-geral da República] não responde perante o Parlamento, não é politicamente responsável por isso. Não me parece que seja correto e não me parece que seja a sede própria para este tipo de comunicação", considerou.

João Galamba, que partilhou o governo com o atual líder do PS garantiu ainda que não fala com Pedro Nuno Santos "desde maio de 2023".

"Já fomos mais próximos, digamos assim. Não [tenho] de todo [falado com ele]. Não me disse nada nos últimos meses, nem no dia das buscas", assegurou o ex-governante, que diz ainda ter-se afastado da política devido ao seu estatuto processual de arguido e que, agora, vai prestar assessoria internacionalmente na área da energia.

João Galamba é um dos arguidos no processo relacionado com os negócios do lítio e hidrogénio verde. Segundo a PGR, estarão em causa os crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência. A investigação visa as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas), um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e o projeto de construção de "data center" desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade "Start Campus".

Jornal de Notícias com agências | Imagem: João Galamba | Miguel A. Lopes/Lusa/arquivo

ESPANHOIS FAZEM O QUE PORTUGUESES NÃO FAZEM PERANTE GOLPE DO JUSTICIALISMO

María Jesús Montero abre o comité federal do PSOE e incentiva Sánchez: “Fique, eles não podem escapar impunes”

Milhares de pessoas reúnem-se em Ferraz para apoiar o Presidente do Governo. “Vale a pena os mocinhos vencerem”, destaca o primeiro vice-presidente no início do evento diante dos ataques da direita e da extrema direita. 

Miguel Muñoz @MMUNOZORT | Público.es | Traduzido em português do Brasil

A primeira vice-presidente do Governo e secretária-geral adjunta do PSOE, María Jesús Montero , abriu neste sábado em Ferraz a comissão federal do PSOE . Enquanto isso, milhares de pessoas manifestam-se nas ruas para apoiar o presidente e secretário-geral, Pedro Sánchez . Esta é uma reunião atípica da liderança socialista, como a própria Montero verbalizou. Suas primeiras palavras foram claras: “Pedro, fica”, disse ele. 

“Eles não podem escapar impunes”, acrescentou Montero mais tarde, referindo-se aos ataques da direita e da extrema direita ao líder do PSOE e à sua família, especialmente à sua esposa Begoña Gómez . “Estamos todos com você”, disse-lhe Montero diante de um Comitê Federal que se levantou naquele momento. “Vale a pena para os mocinhos vencerem”, acrescentou.  

- Em atualização

GOLPADA DO JUSTICIALISMO TAMBÉM EM ESPANHA - como no Brasil e em Portugal...

'Lawfare': quando um golpe suave contra Sánchez é ‘desenhado’ por meios judiciais

Pedro Sánchez, Irene Montero, Mónica Oltra, Pablo Iglesias, Ada Colau ou líderes internacionais como Antonio Costa ou Lula da Silva foram vítimas de guerra jurídica.

A guerra judicial funciona da mesma forma: uma conspiração de juízes, pseudo-mídia e entidades de direita ou ultradireita para subverter a democracia em favor de posições reacionárias que têm uma visão patrimonialista de poder.

É o que conhecemos como um golpe de Estado suave, uma fórmula moderna para alterar o mandato democrático onde já não é necessário ter militares ou invadir um Parlamento à força.

Nesta ocasião, estamos perante o início de um novo caso de guerra judicial e, ao que parece, o Presidente do Governo decidiu parar antes que piore. O caso afeta sua esposa, Begoña Gómez.

Publico.es

PSOE transforma seu Comité Federal num grande ato, pede a Sánchez que fique

Milhares de militantes comparecem a Ferraz neste sábado para apoiar o presidente. Todas as intervenções serão transmitidas com telões na rua. Montero, Andueza, Illa, Puente, Alegría e Ribera serão os primeiros a intervir. 

Miguel Muñoz @MMUNOZORT | Público.es | Traduzido em português do Brasil

Aconteça o que acontecer na segunda-feira, tudo indica que este sábado, 27 de abril, será uma data importante para o PSOE. Os socialistas continuam a tentar convencer o seu líder e primeiro-ministro, Pedro Sánchez , a não renunciar . Uma possibilidade que esta sexta-feira ainda esteve muito presente nas fileiras de um partido que se prepara para um grande ato de apoio ao seu secretário-geral. 

A sede de Ferraz acolhe um atípico comité federal do PSOE . Na verdade, o órgão máximo do partido entre Congressos será tudo menos um Comité Federal. Antes de quarta-feira e da carta de Sánchez, o apelo visava a ratificação da lista para as eleições europeias. Isso não vai acontecer mais. Os socialistas decidiram esta sexta-feira suspender a comissão de Listas , o anterior órgão agendado para hoje. 

Obrigado por assistir

A lista completa será aprovada na terça-feira, assim que for conhecida a decisão de Sánchez. Mas isso não significa que Teresa Ribera não será ratificada. Não há dúvidas quanto a isso. “Ela sairá neste sábado como candidata in pectore ”, apontam fontes de Ferraz. A formalidade burocrática é adiada por alguns dias porque o foco político é evidentemente diferente.

A situação inédita, portanto, nos obriga a mudar o formato e o objetivo do comitê federal. “Adiamos as listas porque o PSOE terá de analisar o momento que estamos . Com o presidente do Governo a dizer que poderá sair na segunda-feira, as listas não são urgentes, não é o que importa”, afirmam fontes da gestão . 

Como é óbvio, tendo cancelado a sua agenda pública, Sánchez não comparecerá nem fará o habitual discurso de abertura. Tais são as mudanças nos planos que todas as intervenções que serão feitas no comitê federal estarão abertas . O normal até este sábado era que Sánchez começasse com um discurso aberto e o resto dos debates acontecessem à porta fechada. 

A primeira vice-presidente e vice-secretária-geral do PSOE, María Jesús Montero , será a responsável pela abertura do dia, conforme confirmam fontes de Ferraz ao Público . A seguir, segundo estas mesmas fontes, intervirá o líder do PSE, Eneko Andueza . Os socialistas bascos obtiveram um bom resultado no último fim de semana que mudou a tendência descendente do PSOE. 

Salvador Illa , líder do PSC, será o próximo. A campanha eleitoral na Catalunha já começou e o líder socialista aspira a ser o mais votado. Ele estava programado para compartilhar eventos com Sánchez na última quinta e neste domingo. A seguir será a vez de duas pessoas do núcleo do Presidente do Governo em Moncloa e também membros da direcção: Óscar Puente e Pilar Alegría.

Ribera seguirá os dois ministros e depois os líderes territoriais que o solicitarem poderão intervir. Todas as direcções regionais e provinciais cerraram fileiras com Sánchez. Até as federações mais críticas ao seu secretário-geral, as de Castela-La Mancha e de Aragão. O presidente castelhano de La Mancha, Emiliano García Page , estará presente no evento. 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Os 61 mil milhões de dólares de Biden e a repressão do recrutamento de Kiev…

Os ucranianos estão a fugir do banho de sangue da NATO, não a Rússia

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Os ucranianos não estão a fugir da agressão russa. Estão a fugir do horrível regime parasitário ucraniano e do banho de sangue que a NATO desencadeou.

Esta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, proclamou a aprovação pelo Congresso de 61 mil milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia como “um bom dia para a paz mundial”. A exaltação de Biden é macabra. A obscenidade é que mais ucranianos serão sacrificados pelo imperialismo ocidental e pelo seu brutal regime neo-nazi em Kiev.

A narrativa cínica e sem noção dos meios de comunicação ocidentais é que uma Ucrânia democrática, amante da liberdade, está a lutar bravamente contra a agressão russa. Os homens ucranianos estão, de acordo com este conto de fadas, a lutar corajosamente para defender o seu país e para salvar o resto da Europa da invasão russa.

É por isso que o Congresso dos Estados Unidos aprovou esta semana um projeto de lei para enviar mais 61 mil milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia. O Presidente Biden tem apelado desesperadamente ao Congresso para que tome uma posição ao lado da Ucrânia para derrotar a agressão russa. Os aliados da América na NATO também reiteraram o mesmo mantra absurdo.

A maioria das pessoas que vivem fora da câmara de eco da mídia ocidental sabe que esta representação é uma bobagem total, para usar um dos bordões favoritos de Biden.

Hamas trabalha na emboscada para a IOF em Rafah -- diz ex-Major General de Israel

Al Mayadeen | mídia israelita | # Traduzido em português do Brasil

O ex-major-general das forças de ocupação israelenses, Israel Ziv, disse que o Hamas está trabalhando em uma emboscada estratégica para a IOF, o que constituiria um "desastre para Israel".

O ex-major-general das forças de ocupação israelenses, Israel Ziv, abordou a possível invasão terrestre em Rafah em um comunicado à imprensa.

Ele afirmou que o Hamas estava a trabalhar numa emboscada estratégica para a IOF, o que constituiria um "desastre para Israel", acrescentando que a invasão de Rafah representa um risco elevado, superior a tudo o que a IOF fez em Gaza, dado o facto de Rafah ser um lugar muito movimentado e difícil de combater, bem como a sensibilidade dos EUA e do Egipto em relação a isso. 

Facções da Resistência Palestina: Preparadas para o cenário de invasão de Rafah

As facções da Resistência Palestiniana afirmaram numa declaração conjunta em 25 de Abril que a Resistência está toda preparada para qualquer cenário possível na agressão israelita em curso na Faixa de Gaza, incluindo uma invasão terrestre de Rafah, a cidade mais meridional do território sitiado. 

Na sua declaração, as facções enfatizaram que “não ficarão de braços cruzados”, pois “todas as opções [para a escalada] estão sobre a mesa”, alertando contra as consequências catastróficas e humanitárias de qualquer agressão terrestre em Rafah, que acolhe mais de 1,4 milhões de palestinos deslocados.

As facções palestinianas responsabilizaram totalmente a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, e os governos ocidentais por qualquer invasão israelita de Rafah, uma vez que o apoio ocidental a "Israel" é contínuo, apesar da violação de múltiplas convenções e leis internacionais pela ocupação.

No mesmo contexto, as facções apelaram às massas palestinianas nas cidades da Cisjordânia para "se levantarem veementemente" em protesto contra as ameaças israelitas de invadir Rafah.

“Apelamos ao nosso povo para que transforme a Cisjordânia numa bola de fogo diante dos colonos e soldados israelitas”, pedia o comunicado. 

Além disso, as facções palestinianas afirmaram que a guerra genocida israelita não restauraria os militares derrotados da ocupação.

Vice-ministro saudita visitará o Irão em breve

Islam Times - O vice-ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Waleed Al-Khuraiji, viajará para Teerã em breve, anunciou Abdullah bin Saud al-Anzi, embaixador saudita no Irã.

O enviado saudita fez as observações numa entrevista ao Alsharq, dizendo que uma delegação da Organização Saudita para o Desenvolvimento das Exportações virá ao Irão na próxima semana para participar na Expo 2024 do Irão.

Mohammad Al-Otaibi será nomeado o novo Cônsul Geral da Arábia Saudita. em Mashahd, disse também o enviado saudita, acrescentando que a sua missão provavelmente começará nas próximas duas semanas.

Em algum lugar de seus comentários ele disse: "Espera-se que 6.000 peregrinos iranianos irão a Meca para a peregrinação da Umrah nos próximos dias e antes do início da temporada do Hajj."

# Traduzido em português do Brasil

XI ENCONTRA-SE COM BLINKEN

A China espera que os EUA possam ver o seu desenvolvimento de uma forma positiva

Chen Qing Qing e Ma Ruiqian | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

O presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na sexta-feira, em Pequim. Xi disse que a China está disposta a cooperar com os EUA, mas a cooperação deve ser uma via de mão dupla. 

A China está feliz em ver os EUA confiantes, abertos, prósperos e prósperos, e espera que os EUA também possam olhar para o desenvolvimento da China de uma forma positiva, disse Xi. 

"Esta é uma questão fundamental que deve ser abordada, tal como o primeiro botão de uma camisa que deve ser corrigido, para que a relação China-EUA se estabilize verdadeiramente, melhore e avance", disse Xi.

A China está disposta a cooperar com os EUA, mas a cooperação deve ser uma via de mão dupla, observou Xi. “A China não tem medo da concorrência, mas a competição deve ser uma questão de progresso comum e não um jogo de soma zero.”

Xi disse que a China está comprometida com o não-alinhamento e que os EUA não devem formar pequenos círculos, acrescentando que ambos os lados podem ter os seus próprios amigos e parceiros e devem abster-se de atacar, opor-se ou prejudicar-se mutuamente.

Necessário para nutrir expectativas positivas para as relações China-Europa

Global Times, editorial | # Traduzido em português do Brasil

Embora a interacção entre a China e a Europa seja frequente e a atmosfera esteja a aquecer, a complexidade da relação bilateral também se torna mais evidente. A recente visita do chanceler alemão Olaf Scholz à China demonstrou a essência da cooperação mutuamente benéfica entre a China e a Alemanha, bem como entre a China e a Europa, e a China manteve conversações e consultas políticas nestes dias com o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros e o diretor-geral da Política e Segurança. assuntos do Itamaraty, mantendo a comunicação estratégica sobre questões de interesse comum. As relações China-Europa mantiveram uma dinâmica de estabilidade e progresso. No entanto, a invasão súbita da União Europeia aos escritórios de empresas chinesas na Europa e a investigação sobre o acesso da China ao mercado de aquisição de dispositivos médicos, bem como as informações falsas sobre "ameaças de espionagem chinesa" emergentes em alguns países europeus, estão a alimentar uma onda de difamação sob a bandeira da “ameaça chinesa” em múltiplas frentes, desde fricções comerciais até acusações de espionagem.

Até certo ponto, isto reflecte o desempenho da Europa nas questões relacionadas com a China nos últimos anos. Sempre que a relação China-Europa está a melhorar e a estabilizar, há sempre forças perturbadoras significativas a emergir de dentro da Europa quase ao mesmo tempo. Por exemplo, quando as forças que esperam desenvolver uma cooperação prática com a China impulsionam as relações bilaterais, outros grupos de interesse ou forças anti-China sob o pretexto de "reduzir a dependência da China" criariam problemas para a China no comércio. Quando a China e a Europa aumentam a confiança política mútua através da comunicação e da interacção, há forças que utilizam alegações infundadas de "espiões chineses" e de "infiltração chinesa" para alimentar o medo entre o público europeu. Isto está relacionado com os diferentes grupos de interesse na Europa e com as suas expressões de exigências, e é também uma manifestação tangível da crescente diversificação da política europeia.

Angola | O CORONEL DO COMUNICADO -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Um amigo e camarada de profissão fez-me chegar um comunicado de guerra assinado pelo coronel reformado Matadi Daniel, também médico nefrologista, onde me acusa de coisas muito, muito graves. Ofensas. Um golpe nos rins! Mesmo que fosse lido pelo Comandante Juju fazendo o ponto da situação das agressões estrangeiras contra Angola, não me intimidava. 

O Savimbi ameaçou-me aos microfones do Rádio Clube da Huíla. Quando chegarmos a Luanda o Artur Queiroz vai levar! Ainda cá ando e o Jonas, bufo do irmão Cordeiro no Colégio dos Maristas no Cuito, marchou. Soldados zairenses com elementos das BJR foram a minha casa para me eliminarem. Muitos desses sicários já marcharam e eu ainda cá ando. 

Um pobre diabo, bêbado da valeta, no seu Morro da Maianga agredia-me a torto e a direito. Nunca lhe dei troco. A sua actividade criminosa resvalou na couraça da minha indiferença. Os avençados do chefe Miala tentam tudo e mais alguma coisa para me intimidarem. Loucura! Se eu fosse intimidável nunca teria ido para o Jornalismo. 

Uma empresa para a qual trabalhei deve-me vários meses de trabalho efectivamente prestado. Devia pagar-me uma pensão de reforma desde 1 de Janeiro de 2018. Não cumprem. É lá com eles. No fim é que se fazem as contas e o jogo ainda está a meio. Até 2027 muita coisa pode acontecer.

Minhas amigas e amigos, com quem troco mensagens diárias, fiquem tranquilos. Continuo de pé e assim vou continuar. De rastos andam os vendidos. Os violadores dos Direitos Humanos. Os que estão a destruir o MPLA a soldo do estado terrorista mais perigoso do mundo.

Angola | Dona Chica Ajoelhou e Abraçou – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Bonito, mesmo muito bonito foi ver Dona Francisca Van-Dúnem abraçar e perdoar na Televisão Pública de Angola, feudo do chefe Miala. Tão inimigos que eles eram e amigos do peito são agora! Os familiares de Sita Vales e seu maridão José ficaram furiosos quando receberam ossadas em vez de muito dinheiro. Numa conferência de imprensa em Lisboa denunciaram coisas terríveis: A CIVICOP entregou ossos errados dos seus familiares que participaram no golpe militar do 27 de Maio de 1977. Vigaristas! Malandros! Nunca mais vos damos confiança. 

Desde então silêncio sepulcral. O Carlos Pacheco, nadador e historiador da Carochinha, escreve sobre culinária vegan. Dona Chica goza as delícias de reformada do Poder Judicial e do Poder Político. Bem merece. Pessoas de alto nível garantem-me que é uma grande profissional. Muito acima de excelente. O irmão de Sita Vales perdeu o pio. Atirou com o pau ao gato mas o bicho não morreu eu, eu, eu. Dona Chica assustou-se com lo berro que o gato deu! 

Na Grande Entrevista da TPA Dona Chica disse algo que fez tremer o chefe Miala e o soba grande. A corrupção é um crime. Tem que ser combatido sem hesitações: “Não podemos ter preconceitos relativamente ao combate à corrupção. Mas deve ser combatida com meios lícitos. O que temos realmente na corrupção é uma maior dificuldade na aquisição da prova, mas é um crime que deve ser combatido com os meios previstos na Constituição da República e no Código de Processo Penal”.  

Grande maka! O combate à corrupção em Angola violou gravemente a Constituição da República porque tinha como respaldo legal o Decreto Presidencial número 69/21, de 16 de Março, atirado para o lixo pelo Tribunal Constitucional quando o apreciou a pedido da Ordem dos Advogados de Angola. Porquê? “Ao atribuir aos Tribunais o direito à comparticipação pelos activos financeiros e não financeiros, por si recuperados, ficam, desde logo, maculados os princípios da isenção e da independência dos juízes e dos Tribunais, bem como o direito fundamental a julgamento justo e conforme à Lei”.

Revolução dos Cravos em Portugal deu fim a regime com ligações no Brasil

Matheus Gouvea de Andrade | Deutsche Welle | # Publicado em português do Brasil

O Salazarismo influenciou movimentos políticos no Brasil e o usou o país como um exemplo do "bom colonialismo" português. Mesmo após fim da ditadura, Portugal permaneceu em silêncio sobre passado colonial.

Em 25 de abril de1974, a Revolução dos Cravos derrubava em Portugal o regime conhecido como Estado Novo. Iniciado em 1933, o regime, também chamado de salazarismo, possuía grande ligações com o Brasil, influenciando até movimentos políticos na antiga colônia. Hoje, 50 anos após o fim da ditadura portuguesa, o tema é alvo de fortes discussões em um momento no qual amplos setores da sociedade pressionam para que Portugal revisite seu passado.

O Estado Novo português é com frequência comparada com o período homônimo brasileiro, sob o comando de Getúlio Vargas, entre 1937 e 1945, incluindo a arquitetura de ambos na época. Segundo o professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP) Francisco Carlos Palomanes Martinho, a característica fundamental em comum dos dois governos é o corporativismo.

"São regimes com pendor autoritário e antiliberal, que contavam com um modelo de interesses a partir do Estado. Havia uma estrutura verticalizada com grande controle dos sindicatos", afirma. Por outro lado, o professor lembra que, no caso do português, o papel da Igreja Católica, um dos pilares do salazarismo, foi bem mais importante que no regime de Vargas.

Neste contexto, ganhou força o movimento integralista brasileiro, comandado por Plínio Salgado, que foi retomado por setores políticos brasileiros nos últimos anos. O professor de História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná Gilberto Grassi Calil aponta que o salazarismo e o integralismo brasileiro faziam parte do mesmo campo ideológico do fascismo internacional ascendente nas décadas de 1920 e 1930.

Com o rompimento entre os integralistas e Vargas e a fracassada "intentona integralista" de maio de 1938, Salgado se exilou em Portugal e reforçou seus laços com o salazarismo, proferindo conferências e colaborando com a imprensa vinculada ao regime e à Igreja Católica, aponta Calil.

"A identificação de Salgado com o salazarismo se deu pela camada ideológica. Vale destacar a profunda vinculação entre a Igreja Católica e a ditadura salazarista e o aprofundamento dos vínculos de Salgado com diversos membros da posição católica", pontua o professor.

Outra influência retomada na política brasileira recentemente é o lema "Deus, Pátria e Família", usado pelo salazarismo a partir dos anos 1930, e propagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Calil, "é um lema tipicamente fascista", que conta com "forte apelo emocional". O professor destaca que "cada um de seus termos interpela seus adeptos a um combate em defesa de valores assumidos como inegociáveis".

Abril inteiro (esta newsletter não foi visada por qualquer comissão de censura)

PORTUGAL DO ABRIL INTEIRO

David Dinis, diretor-adjunto | Expresso Curto

Neste dia, por esta hora, os jornais portugueses de há 50 anos já mostravam nas bancas os títulos de uma revolução. Alguns, como a República, carimbavam uma mudança histórica com a frase que lhe deixei no título: “Este jornal não foi visado por qualquer comissão de censura”, uma frase que dizia mais do que o que deixava ler. Não era apenas a DGS que já não impedia os jornalistas de descrever o país real, mesmo o escondido. Eram os jornalistas que avisavam que, fosse qual fosse o caminho final daquele 25 de Abril, não aceitariam voltar ao ponto de partida.

Hoje, cabe-me o privilégio de lhe contar como a celebração dos 50 anos de Abril foi muito mais do que um pró-forma, como parecia encaminhar-se para ser quando eu próprio comecei a descer a Avenida da Liberdade, alguns anos atrás no tempo. Foi “um desfile sem princípio nem fim", com um mar de gente tão incontável que fez com que Elvira Gonçalves nos atirasse, feliz, um saudoso “isto parece o 1.º de Maio de há 50 anos”. Eu não sei, porque não tinha nascido ainda. Mas Elvira estava e foi com a mãe – a primeira vez que puderam gritar a plenos pulmões a liberdade e ouvir quem não fazia reverência ao poder político. ”Acredite em mim, eu estive lá”, jurou ela à minha colega Rita Ferreira, que fez um título tão verdadeiro desta descida da Avenida de ontem: Abril fez-se inteiro na Avenida.

Inteiro. A palavra não nos diz, com rigor, que estivesse Portugal todo ali, nem que Abril se tivesse, num passe mágico, tornado unânime. Quer dizer que havia um mar de gente, de sorrisos largos e passagem apertada. Que havia gente de todas as cores, de tantas nacionalidades quantas Abril comporta. E que estava lá – talvez como nunca antes – gente de esquerda e de direita, de braços dados e abraços apertados.

Mas Abril foi também inteiro no Parlamento, horas antes. A cerimónia tradicional trouxe o que Abril permitiu: um Presidente que trocou a política pela história, tentando reconciliar todos com todos; uma direita que criticou Marcelo, trocando críticas e concordando com os festejos do 25 de Novembro; uma esquerda em alerta para o risco de retrocesso, apontando a arma maior da democracia (a palavra) aos “novos e velhos inimigos” da democracia.

Inteiro, pois. Porque de Abril nasceu a divergência antes proibida.

Ou, como disse José Pedro Aguiar-Branco, o novo presidente de um Parlamento que acaba de viver a alternância (também antes impensável), agora “há a certeza de que a diferença exige mais de nós, que soma e acrescenta. Isso é sabedoria e bom senso”. Podia ter sido o epitáfio. Mas como aquele dia, há 50 anos e um dia nos ensinou, é só o primeiro dia do resto das nossas vidas.

PÁTRIA, A FICÇÃO. REALIDADE PARA QUE CAMINHAMOS. A ANIQUILAÇÃO DA DEMOCRACIA

PÁTRIA – trailer do filme. Pesquise e veja

Filme português "Pátria" estreou nos cinemas em 2023.

É uma fição que imagina uma sociedade totalitária, onde são legitimados os movimentos neonazis que ajudam a impor a ordem.

O filme português "Pátria", do realizador Bruno Gascon é um filme que alerta para o que está a acontecer na Europa.

"Pátria" é uma distopia realista e estreia nos cinemas.

PG com RTP | YouTube

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POLÉMICA: EM BUSCA DA SOBERANIA PERDIDA

A globalização está em crise. Direita deu-se conta e evoca ideia de nação que se liga a Propriedade, Privilégio e (falsa) Segurança. Esquerda demora-se, porque não enxerga as possibilidades de uma luta do povo contra o capital e suas misérias

Fernando Marcelino* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

O historiador Eric Hobsbawn apontava que o os governos dos Estados-nações e Estados territoriais modernos apoiam-se em três presunções: primeiro que tenham mais poder do que qualquer outra unidade que opere em seus territórios; segundo, que os habitantes dos seus territórios aceitem mais ou menos de bom grado sua autoridade; e terceiro, que eles possam proporcionar aos habitantes serviços que de outra maneira não poderiam ser prestados com efetividade, como a manutenção da lei e da ordem. Por mais de duzentos anos, até o final da década de 1970, a ascensão do Estado moderno deu-se de forma contínua e independentemente da ideologia e da organização política. Nos últimos quarenta anos, a tendência se inverteu. O Estado neoliberal abandonou muitas de suas atividades diretas tradicionais. O Estado territorial perdeu o monopólio da força armada, da estabilidade e do poder. Ao minar a influência do Estado na condução da sociedade, o (neo)liberalismo passou a desmontar o aparelho estatal, privatizando suas funções para o mercado ou simplesmente retirando-o da responsabilidades antes estratégicas, como o uso legítimo da violência, política monetária e cambial, política externa, energia, infra-estrutura, indústria, serviços de saúde e educação e cultura (HOBSBAWN, 2007).

O conceito de soberania, tal qual o entendemos desde alguns séculos, vem sofrendo uma série de questionamentos, dadas as numerosas variáveis que o colocam em xeque a cada momento, na atualidade. Tais variáveis são tanto de ordem política, econômica, cultural, tecnológica e mesmo natural. Vários elementos contribuíram para a mudança do Estado moderno para o Estado contemporâneo e a consequente alteração no conceito de soberania. O primeiro é o surgimento de novos atores internacionais, como as organizações internacionais, empresas transnacionais e as organizações não-governamentais (ONGs). Outro elemento que afronta a soberania individual do Estado é o desenvolvimento do direito internacional, que impõe normas que buscam regular as relações internacionais, inclusive dentro do âmbito estatal quando da proteção de direitos dos cidadãos, como os direitos humanos. O Estado nacional perde o monopólio da soberania jurídica, tendo que conviver com uma série de atores como escritórios jurídicos, ONGs, instituições internacionais e nações hegemônicas. Um terceiro elemento é a internacionalização do processo de elaboração de decisões políticas. Com o crescimento das novas formas de associações políticas, há uma rápida expansão dos vínculos transnacionais, crescente interpenetração da política externa na doméstica e o desejo da maioria dos Estados em possuir uma forma de governo e regulação internacional que possa afrontar os problemas políticos coletivos. Um quarto elemento são os poderes hegemônicos e estruturas de segurança internacional, que se contrapõem com a idéia de Estado como um ator militar e estrategicamente autônomo no desenvolvimento do sistema global de Estados.

A Alemanha como dano colateral na nova guerra fria americana

Michael Hudson [*]

O desmantelamento da indústria alemã desde 2022 é um dano colateral na guerra geopolítica dos Estados Unidos para isolar a China, a Rússia e os países aliados cuja crescente prosperidade e auto-suficiência é vista como um desafio inaceitável à hegemonia dos Estados Unidos. Para se prepararem para o que promete ser uma luta longa e dispendiosa, os estrategas dos EUA fizeram uma jogada preventiva em 2022 para afastar a Europa das suas relações comerciais e de investimento com a Rússia. De facto, pediram à Alemanha que cometesse suicídio industrial e se tornasse uma dependência dos EUA. Isso fez da Alemanha o primeiro e mais imediato alvo da Nova Guerra Fria americana.

Ao tomar posse em janeiro de 2021, Joe Biden e a sua equipa de segurança nacional declararam a China como o inimigo número um da América, vendo o seu êxito económico como uma ameaça existencial à hegemonia dos EUA. Para evitar que as suas oportunidades de mercado atraíssem a participação europeia à medida que construía a sua própria defesa militar, a equipa de Biden procurou prender a Europa à órbita económica dos EUA como parte do seu esforço para isolar a China e os seus apoiantes, na esperança de que isso perturbasse as suas economias, criando pressão popular para que renunciassem às suas esperanças de uma nova ordem económica multipolar.

Esta estratégia exigiu sanções comerciais europeias contra a Rússia e ações semelhantes para bloquear o comércio com a China, a fim de evitar que a Europa fosse arrastada para a esfera de prosperidade mútua emergente centrada na China. Para se prepararem para a guerra entre os EUA e a China, os estrategas americanos procuraram bloquear a capacidade da China de receber apoio militar russo. O plano era esvaziar o poder militar da Rússia, armando a Ucrânia para atrair a Rússia para uma luta sangrenta que poderia provocar uma mudança de regime. A esperança irrealista era que os eleitores se ressentissem da guerra, tal como se tinham ressentido da guerra no Afeganistão que ajudou a acabar com a União Soviética. Nesse caso, poderiam substituir Putin por líderes oligárquicos dispostos a seguir políticas neoliberais pró-EUA semelhantes às do regime de Ieltsin. O efeito foi exatamente o oposto. Os eleitores russos fizeram o que qualquer população sob ataque faria:   Uniram-se em torno de Putin. E as sanções ocidentais obrigaram a Rússia e a China a tornarem-se mais auto-suficientes.

Este plano dos EUA para uma Nova Guerra Fria global alargada tinha um problema. A economia alemã estava a gozar de prosperidade, exportando produtos industriais para a Rússia e investindo nos mercados pós-soviéticos, ao mesmo tempo que importava gás russo e outras matérias-primas a preços internacionais relativamente baixos. É axiomático que, em condições normais, a diplomacia internacional siga os interesses nacionais. O problema para os guerreiros frios dos EUA era como persuadir os líderes alemães a tomar a decisão pouco económica de abandonar o seu comércio lucrativo com a Rússia. A solução foi fomentar a guerra com a Rússia na Ucrânia e na Rússia e incitar a russofobia para justificar a imposição de um vasto conjunto de sanções que bloqueassem o comércio europeu com a Rússia.

Austeridade na UE: Como os burocratas europeus servem interesses económicos dos EUA

Mais uma vez, a burocracia europeia faz jus ao ditado de que “o que nasceu torto, tarde ou nunca se endireita”.

Hugo Dionísio* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Mais uma vez, a burocracia europeia faz jus ao ditado de que “o que nasceu torto, tarde ou nunca se endireita”. É o caso da União Europeia, que se construiu como resposta política a uma realidade que já não existe – o bloco socialista – e que, confrontada com a ausência da sua força vital, embarcou num errático processo de alargamento, visava sobretudo provocar a Rússia, criar as condições para a expansão da NATO e responder à crescente necessidade dos monopólios de novos mercados e novas fontes de mão-de-obra qualificada e barata, como é o caso na Europa de Leste.

Neste quadro e em resposta às mesmas necessidades, a UE reedita mais uma vez uma receita já amplamente conhecida pelos povos do Sul. Embora haja um reconhecimento generalizado de que os critérios orçamentais contidos no Pacto de Estabilidade e Crescimento constituem um estrangulamento ao investimento público e são responsáveis ​​pela visão de curto prazo que deixou os Estados-Membros reféns do autoritarismo financeiro de Bruxelas, num momento em que o O bloco europeu está a perder cada vez mais terreno para as economias com as quais tem de competir, o poder supranacional não eleito da UE propõe mais uma vez, desta vez a todos os europeus, algo em que nenhum destes povos alguma vez votaria: austeridade para o próximos quatro anos (pelo menos).

O que surge no horizonte, sem qualquer discussão nacional aprofundada, depois de aprovado pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, é um pacote de austeridade global, à escala europeia, aplicável a quase todos os países da União, que foi dado o pomposo nome de “Novo Quadro de Governação Económica” e que se baseia em instrumentos como a “Análise da Sustentabilidade da Dívida” e os “Planos Fiscais Específicos” por estado membro, que serão desenvolvidos no quadro de um período de ajustamento de 4 anos, que pode ser alargado para 7. Se o Pacto de Estabilidade não foi suficiente para levar a maioria dos países à austeridade, desta vez a autocracia da UE está a trabalhar para não deixar ninguém para trás. Cada país deve pôr fim a todas as provas ou memórias de que um Estado social já funcionou com enorme sucesso.

É por isso que temos que dizer que “está a dar jeito”! Numa altura em que os países deveriam investir de forma absolutamente decisiva na industrialização, na inovação e na conquista de um lugar no topo da futura cadeia tecnológica, como estão a fazer a China e a Rússia e os EUA estão a endividar-se brutalmente, o que fazem os contabilistas em Bruxelas Decidir fazer? Adiar a corrida, pondo em causa as metas que eles próprios estabeleceram para 2030 e 2050.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

As relações complexas de Israel com o Irão

Thierry Meyssan*

Se a retórica dos mullahs é claramente anti-israelita, as relações entre os dois países são muito mais complexas do que se crê. Existem, com efeito, dois grupos opostos no Irão. Um entende fazer negócios por todos os meios com o resto do mundo, enquanto o outro ambiciona apenas libertar os povos da colonização. O primeiro não parou de fazer negócios com Israel, enquanto o segundo o combate, ao mesmo nível da luta contra o imperialismo do Reino Unido e dos Estados Unidos.

O conflito entre Israel e o Irão é distinto daquele que opõe a população árabe da Palestina aos imigrantes judaicos. Contrariamente a uma ideia feita, os Persas nunca foram inimigos dos judeus. Aliás, durante a Antiguidade foi Ciro o Grande que permitiu aos judeus sair da Babilónia onde estavam presos como escravos.

Após a Segunda Guerra mundial, quando os Estados Unidos se apoderam dos restos do Império britânico, o Presidente norte-americano Dwight Eisenhower reorganizou o Médio-Oriente. A fim de o dominar, ele designou duas potências regionais para o representar, o Irão e Israel. Desde então, os dois países foram simultaneamente amigos e rivais.

Eisenhower, enviou o seu Secretário de Estado, John Foster Dulles (o irmão do Director da CIA, Alan Dulles), à Síria para organizar uma aliança irano-síria a fim de conter as ambições israelitas. Um tratado de defesa mútua foi assinado entre Damasco e Teerão, em 24 de Maio de 1953. À época, o Presidente sírio, o General Adil Chicakli, era pró-britânico e anti-francês. Este Tratado perdura até hoje [1].

Ao mesmo tempo, o Reino Unido entrou em conflito com o Primeiro-Ministro do Xá Reza Pahlevi, Mohammad Mossadegh, que entendia nacionalizar a exploração do petróleo. Com a ajuda dos Estados Unidos, Londres organizou uma Revolução colorida («Operação Ajax») [2] . Milhares de pessoas foram pagas pelo MI6 e pela CIA para protestar nas ruas e derrubar Mossadegh. Respondendo ao « apelo » do seu povo, o soberano mudou o seu Primeiro-Ministro designando em seu lugar o General nazi Fazlollah Zahedi [3].

EUA enviaram secretamente 100 mísseis balísticos tácticos ATACMS para a Ucrânia

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os Estados Unidos entregaram mísseis balísticos táticos ATACMS de “longo alcance” à Ucrânia no início deste mês, seguindo uma diretiva do presidente Joe Biden, anunciou o Pentágono em 24 de abril.

O MGM-140 é um míssil balístico tático que pode ser disparado do sistema de foguetes de lançamento múltiplo M270 (MLRS) e do sistema de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 (HIMARS), ambos já em serviço nas forças de Kiev.

O presidente Biden aprovou secretamente a transferência dos mísseis em fevereiro para uso dentro do território ucraniano, disse o porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Garron Garn, acrescentando que os mísseis foram então discretamente incluídos no pacote de ajuda de 300 milhões de dólares anunciado em 12 de março e finalmente entregues à Ucrânia no início deste ano. mês.

“Não foi anunciado que estamos a fornecer à Ucrânia esta nova capacidade no momento, a fim de manter a segurança operacional da Ucrânia a seu pedido”, disse Garn.

ISRAEL CONTRA-ATACA CONTRA O IRÃO

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Israel lançou um ataque ousado contra o Irão, mas não conseguiu dissuadir o país ou qualquer um dos seus aliados no Médio Oriente.

O ataque de 19 de abril ocorreu em resposta aos ataques iranianos com mísseis e drones de 13 a 14 de abril contra Israel, que foi uma retaliação a um ataque israelense à embaixada iraniana na capital síria, Damasco, no início do mês.

A mídia iraniana relatou a interceptação de pelo menos três pequenos drones sobre a Oitava Base Aérea de Shekari, perto da cidade de Isfahan.

Além dos drones, que teriam sido lançados de dentro do Irão, os militares israelitas usaram três mísseis balísticos nunca antes vistos lançados do ar na base aérea. Os primeiros estágios dos mísseis caíram no centro do Iraque.

Os ataques israelenses atingiram vários locais de defesa aérea no sul da Síria durante o ataque, levando à especulação de que aviões de guerra israelenses lançaram seus mísseis de alguma área ao longo da fronteira do país com a Jordânia ou o Iraque.

BLOG DE GAZA - Hamas - Pronto para uma trégua de 5 anos

Ataques israelenses a Rafah, Nuseirat | Todos os Olhos em Rafah – Dia 202

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

As forças israelitas mataram e feriram dezenas de palestinianos em novos ataques, visando Rafah e Nuseirat, no sul e centro da Faixa de Gaza.

As facções palestinianas alertaram para as repercussões catastróficas de uma invasão israelita de Rafah, observando que os Estados Unidos e a comunidade internacional seriam responsáveis ​​por isso. 

O alto funcionário do Hamas, Khalil Al-Hayya, disse à Associated Press que o grupo está disposto a concordar com uma trégua de cinco anos e se converteria em um partido político se um estado palestino independente fosse estabelecido. 

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 34.305 palestinos foram mortos e 77.293 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

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ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Quinta-feira, 25 de abril, 18h15 (GMT+2)

BRIGADAS DE AL-QASSAM: Bombardeamos um novo local de vigilância e espionagem no centro de Gaza.

HEZBOLLAH: Alvejamos o quartel Zabdin nas Fazendas Shebaa libanesas ocupadas com armas de mísseis e conseguimos um ataque direto.

AVIGDOR LIEBERMAN: O governo pede para adiar a consideração da lei de recrutamento, apesar da importância do serviço militar.

REUTERS: A Grã-Bretanha incluiu 6 novos indivíduos e entidades no regime de sanções ao Irão, observando que as sanções britânicas visam indivíduos e entidades no sector da defesa.

PAÍSES BAIXOS: A Ministra da Defesa holandesa, Kaisa Ollongren, expressou ao seu homólogo israelita, Yoav Gallant, a preocupação do seu país sobre o planeado ataque a Rafah, sublinhando que “é necessário um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação dos reféns para evitar mais sofrimento”.

REUTERS: O Departamento do Tesouro dos EUA disse que Washington decidiu impor novas sanções relacionadas ao Irã, sem mais detalhes.

ABDUL-MALIK AL-HOUTHI: As nossas operações militares continuam e procuramos expandi-las.

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